O presidente José Manuel Bolieiro destacou esta sexta-feira, na Praia da Vitória, o espírito de união da Coligação PSD/CDS/PPM, reforçando “o orgulho numa missão que coloca os Açores em primeiro lugar, afinal foi essa a génese do projeto político com que governamos estas ilhas”.

O líder da Coligação PSD/CDS/PPM falava na apresentação da lista de candidatos pelo círculo eleitoral da Terceira às eleições legislativas regionais, onde frisou que “unidos pelos Açores não é apenas um lema, mas sim o grande objetivo, a nossa grande missão, pois temos como matriz fundacional a generosidade de servir o nosso povo”.

Bolieiro reafirmou que, “no âmbito dessa união, a Terceira deve ser, como todas as nossas ilhas, uma alavanca do desenvolvimento dos Açores e de um Portugal maior, projetando, fruto da sua centralidade, a dimensão atlântica que o continente só tem à nossa custa”.

“Para tal, esta Coligação é uma soma que conjuga e multiplica a capacidade de fazer crescer a identidade açoriana”, assegurou, destacando “a capacidade de trabalho, a fibra e a coragem do cabeça de lista pela Terceira, António Ventura, assim como de Artur Lima”, e lembrando que, em 2020, “libertamos a Terceira do domínio socialista, em nome do interesse da própria democracia, garantindo a alternância política”.

Bolieiro reforçou “o orgulho no que está realizado”, e criticou o PS “pelo chumbo do melhor orçamento de sempre” e pela “falta de coragem para apresentar uma moção de censura”, lembrando que “o seu líder, e antigo presidente do governo, anda a fazer anúncios e promessas, com a mais fantástica a ser a continuidade das medidas desta governação, ou seja, coisas que ele mesmo chumbou”.

“E, de facto o PS, também em relação à Terceira, esqueceu sempre, a cada ano passado, os fracassos da sua governação, daí a razão de estarem agora a fazer novas promessas, escondendo debaixo do tapete o que não foram capazes de levar a cabo”, frisou.

“O investimento desta Coligação está nas pessoas, nas famílias, na criação de riqueza das empresas, na capacidade de dar dignidade a quem vive nestas ilhas. E conseguimos isso na educação, olhando o sucesso, melhorando a capacidade de ensinar, e os resultados mostram isso mesmo”, prosseguiu.

“De igual valor é a inovação do nosso sistema regional de saúde, numa aposta de consistência e criando políticas publicas assertivas, não para visar o voto fácil, mas sim para que os açorianos vivam melhor. Prova disso é que não tivemos qualquer colapso, como acontece no continente, mas sim mais profissionais, mais gestão do movimento assistencialista para os doentes, e mais médicos de família, apesar da dívida herdada”, resumiu.

José Manuel Bolieiro recordou também “o setor agroalimentar, onde conseguimos conquistas importantes e em que valorizamos o rendimento disponível, com inovação tecnológica e a melhoria da apresentação dos nossos produtos”.

“Assim foi também com o Ambiente, e com a preocupação que apresentamos com as alterações climáticas, onde um novo planeamento e um trabalho a nível internacional inédito, fazem dos Açores uma referência a esse nível”.

Artur Lima, líder do CDS-PP/Açores e também candidato da Coligação pela Terceira, sublinhou que “estamos aqui por que o nosso Orçamento foi chumbado”, lamentando que isso “tenha impedido a concretização de várias iniciativas”, mas certo de que “somos a única garantia de continuidade de políticas que tornaram os Açores melhores”.

“Não estamos a fazer promessas, estamos a concretizar. Foi esta a mudança de paradigma desta coligação, para desenvolver os Açores como um todo”, assinalando a diferença “para o Partido Socialista, que nos deixou obras mal feitas, como a do terminal de cargas, que tivemos de inaugurar e um embuste como o PREIT, uma vergonha que os terceirenses não podem perdoar”.

O líder centrista anunciou “a aquisição, que já foi feita, de uma estação meteorológica automática para o Aeroporto das Lajes”, que vai garantir “uma melhor navegabilidade, mais segurança e mais voos para a Terceira”, assim como “a garantia de que o estudo prévio para a ampliação e requalificação do Aeroporto está pronto”.

“Demos um exemplo de governação, porque não andamos a dividir para reinar, mas sim a somar, para juntos sermos maiores, contando com todas as ilhas de forma igual para o desenvolvimento da nossa região”, concluiu Artur Lima.

A lista da Coligação Unidos pela Terceira PSD/CDS/PPM é então encabeçada por António Ventura (engenheiro zootécnico, 55 anos), seguindo-se-lhe Artur Lima (médico dentista, 60 anos), Mónica Seidi (médica, 39 anos), Paulo Gomes (apontador de lota, 47 anos), Rui Espínola (professor, 44 anos), Andreia Vasconcelos (assistente social, 38 anos), Luís Soares (agente da PSP, 54 anos), Paulo Rui Chaves (assistente operacional, 29 anos), Nídia Inácio (educadora de infância, 58 anos), Alonso Miguel (engenheiro do ambiente, 40 anos), Rafael Tavares Lima (advogado, 30 anos), Luísa Barcelos (técnica superior de criminologia, 32 anos), Paulo Sousa (professor, 43 anos), Beatriz Menezes (professora estagiária, 22 anos), José Valdemar Ribeirinho (reformado, 62 anos), Maria Guilhermina Silva (contabilista certificada, 47 anos), Luís Costa (assistente técnico, 57 anos) e Pedro Pinto (médico dentista, 52 anos). O mandatário da candidatura é João Marcelino Costa, sendo Tiago Rodrigues o mandatário jovem.

Coube ao cabeça de lista apontar que “o que queremos para a Terceira é continuar o que estávamos a fazer, e que foi interrompido por PS, BE e IL, quendo se estão a alcançar distintos indicadores sociais e económicos nos Açores e na nossa ilha”.

António Ventura referiu-se a uma política da Coligação, “cuja trave-mestra são os açorianos, com uma política que apresentou resultados e que não vive de aparências, uma política de apoios sociais inovadores e de maior abrangência”, como as creches gratuitas para todos, os programas “Nascer Mais” e “Novos Idosos”.

O social-democrata focou também a Saúde, e o facto de que “a Radioterapia na Terceira só se tornou efetiva connosco, funciona, é para manter, e já se realizaram mais de 3000 tratamentos”, confirmando a tendência “para aumentar a taxa de cobertura de médicos de famílias e alargar essa rede a mais freguesias”.

António Ventura assegurou a continuidade crescente “da oferta de habitação na Terceira, onde o Governo tem mais de 300 casas em construção e reabilitação”, tal como “o apoio aos negócios jovens, com um plano estratégico de política agrícola a premiar com 18 mil euros a instalação de novas empresas”.

“Do mesmo modo estamos a assegurar um turismo baseado no património, na cultura e na natureza, que cresce nos proveitos, graças às novas rotas internacionais, a mais voos com o continente e interilhas, e com o maior número de passageiros de sempre desembarcados na Terceira, quase um milhão”.

Ventura falou aliás “das virtudes da Terceira”, “de intervenções urgentes, já agendadas, na nossa rede viária, depois de duas décadas de descuido do PS, de obras públicas essenciais”, e de ter “sempre as pessoas no centro da economia, fomentando o crescimento de suportes como o Aeroporto das Lajes e o porto da Praia da Vitória”.

O candidato denunciou ainda que os trabalhadores reformados da Base das Lajes de 2015 a 2018 “receberam as suas reformas de janeiro deste ano ainda com cortes do fator de sustentabilidade”, exigindo ao Governo da República “que pague as de fevereiro sem cortes, e repondo os montantes cortados em janeiro, conforme foi aprovado no Orçamento do Estado para 2024”.

“Estamos orgulhosos do muito que fizemos. E não desistimos, pelo contrário ninguém nos impedirá de continuar a trabalhar, e ganhamos uma nova vontade de seguir em frente. Ninguém nos vai parar nesta mudança que se iniciou em 2020, porque temos os terceirenses como parceiros e a vitória é certa”, concluiu.

Já o mandatário João Marcelino Costa, destacou “a harmonia do projeto apresentando pela Coligação”, consolidado “em empenho, garra e bravura para defender a Terceira, num trabalho que tem provas dadas, como o fizeram, nos últimos três anos, e vão continuar a fazer”.

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