Esta é boa oportunidade para desejar a todos um feliz Ano Novo, com a vida melhor a que temos direito. Depois de vários anos em que se agravaram as dificuldades de quem trabalha e põe a Região a funcionar, há que juntar forças e agirmos, todos, para exigir o direito à Habitação, à Saúde, à Educação. Há que exigir rendimentos justos para todos, que combatam a perda de poder de compra e a pobreza, tristes realidades produzidas ao mesmo tempo que alguns, sempre muito poucos, acumulam lucros que deveriam envergonhar quem nos governa.

1 de Janeiro é o Dia Mundial da Paz, criado pelo Papa João VI há 57 anos, procurando unir pessoas de todos os credos na busca do bem mais precioso. Uma iniciativa bem continuada pelo Papa Francisco, que tem denunciado corajosamente os interesses económicos e políticos à volta da guerra e que tem apelado à abertura de negociações, consciente que o prolongar das guerras apenas castiga os inocentes. Que 2025 abra espaço para o fim dos conflitos!

O ano de 2024 não terminou da melhor forma, porque o governo da república revelou agir ativamente para o agravamento de problemas estruturais. Vão-se iniciar negociações sobre o Estatuto da Carreira Docente, estratégico para a atratividade da profissão. Quando é bem conhecida a falta de Professores e a urgência em formar profissionais qualificados, as opções do governo deixam grandes preocupações.

A proposta de protocolo negocial apresentada aos Sindicatos tem vários aspetos a criticar, mas refiro aqui dois. A avaliação e a valorização da carreira são a última prioridade do governo, apesar do mau ambiente de trabalho que causam nas escolas. O segundo aspeto é que o governo pretendia que o protocolo e as atas negociais não pudessem ser divulgados, apesar de estes deverem ser processos transparentes. Surpreendente é que tenham havido sindicatos a assinar a proposta do governo. Só a FENPROF se recusou a assinar e denunciou publicamente uma proposta que deixa grandes preocupações, demonstrando, mais uma vez, ser defensora intransigente da Escola Pública.

Por todas estas razões e muitas mais, um Ano verdadeiramente Novo precisa-se!

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