O Governo Regional dos Açores justificou hoje o aumento do preço dos gases de petróleo liquefeitos, a partir de janeiro, com a adoção de uma nova fórmula de cálculo, por recomendação do Tribunal de Contas e pressão dos distribuidores.

Segundo uma resolução publicada hoje em Jornal Oficial, o preço do gás butano nos Açores vai registar aumentos entre os 7,8 e os 78 cêntimos por quilo, em janeiro.

Numa nota de imprensa, a secretaria regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas do executivo PSD/CDS/PPM alega que o aumento dos preços máximos de venda ao público resulta da “adoção de uma nova fórmula de cálculo para a fixação do gás, de acordo com a recomendação do Tribunal de Contas”.

Segundo a tutela, a nova fórmula, sustentada por um estudo técnico realizado por um consultor externo, “passa a ter o custo do produto atualizado mensalmente de acordo com cotações internacionais, tal como se verifica nos restantes combustíveis”.

O aumento dos preços resulta ainda da “atualização à inflação das restantes componentes da fórmula de cálculo do preço máximo de venda ao público, que se mantinham inalteradas há mais de uma dezena de anos”, explica o executivo.

“A não atualização das componentes dos custos logísticos e o congelamento administrativo, em 2019, do preço do produto na origem, colocaram enorme pressão sobre as entidades distribuidoras, que ameaçaram interromper o abastecimento de gases de petróleo liquefeitos à região, uma vez que foram estas entidades que absorveram os aumentos dos custos reais não refletidos no preço de venda”, lê-se na nota.

De acordo com o executivo, uma garrafa normal de gás butano passa a custar 23,77 euros em janeiro, mais 5,47 euros do que em dezembro.

“Este valor fica, ainda assim, cerca de cinco euros abaixo do valor praticado na Região Autónoma da Madeira (28,73 euros) e cerca de 10 euros abaixo do valor praticado no continente (33,16 euros)”, salientou o executivo.

Segundo uma resolução publicada hoje em Jornal Oficial, o gás butano vendido ao público, no estabelecimento do revendedor, em garrafas de 26 litros ou mais, passa a custar 1,828 euros por quilo, mais 78 cêntimos por quilo do que em dezembro.

Já o gás butano vendido em garrafas de 24 litros, construídas em materiais leves (até oito quilos de vasilhame), sobe 44,5 cêntimos, para 1,973 euros por quilo.

O gás butano canalizado regista um aumento de 42 cêntimos, em janeiro, passando a custar 1,828 euros por quilo, enquanto o gás butano a granel sobe 7,8 cêntimos para 1,426 euros por quilo.

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