Foto: PS/AÇORES | Texto: PM

O eurodeputado socialista André Rodrigues admitiu hoje que “há o risco” de um “POSEI Transportes” gerar confusão na definição das verbas, defendendo, em alternativa, um mecanismo na política de transportes da União Europeia (UE).

Questionado hoje sobre a possibilidade de ser criado um “Posei Transportes”, como defende o PSD/Açores, o eurodeputado socialista salientou que o “mais importante é a perceção clara que tem que se ter de que uma região ultraperiférica e arquipelágica como os Açores, tem dificuldades acrescidas em termos de competitividade e acesso ao mercado único europeu”.

Na terça-feira, o líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, insistiu na necessidade da criação de um programa de financiamento comunitário específico para ultrapassar os constrangimentos da ultraperiferia nos transportes, alegando que o arquipélago não está de “mão estendida” a pedir um apoio.

José Manuel Bolieiro lembrou que a ideia da criação do POSEI – Transportes já vem desde há muitos anos, apesar de existirem políticas públicas europeias de ajuda e de compensação à ultraperiferia, que “foram conquistas e não foram dádivas”.

O POSEI, anteriormente denominado como Poseima para os Açores e Madeira, Poseidon para os territórios ultramarinos franceses, e Poseican para as Canárias, é um programa específico de apoio às regiões ultraperiféricas, visando combater os seus ‘handicaps” permanentes resultantes da sua insularidade.

André Rodrigues, que falava aos jornalistas na sede do PS/Açores, em Ponta Delgada, após um encontro com a Federação de Pescas dos Açores, defendeu, no âmbito da política de transportes da União Europeia, um mecanismo para “atenuar as assimetrias e a condição arquipelágica”.

Questionado se falar em “Posei Transportes” não poderá gerar equívocos na definição do envelope financeiro do POSEI, uma vez que a Comissão Europeia poderá usar o mesmo orçamento para esta eventual medida, André Rodrigues admitiu que “há esse risco”.

“Agora, o que me parece essencial é que todos tenhamos de remar na mesma direção na salvaguarda daquelas que são as condições especificas dos Açores e das suas contingências, de forma a reduzir estes problemas e que a região tenha condições de competir e aceder ao mercado único europeu”, afirmou o eurodeputado, que é natural dos Açores.

 

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