O Centro de Saúde da Lagoa, na ilha açoriana de São Miguel, vai passar a ter, a partir das 16:00 de hoje (17:00 em Lisboa), um serviço diário de urgência até às 24:00, para “atendimento de situações pouco urgentes”.

De acordo com a Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel (USISM), na sequência da declaração de calamidade pública regional pelo Governo dos Açores, devido ao encerramento do Hospital do Divino Espírito Santo (em Ponta Delgada), o Centro de Saúde da Lagoa passa a dispor deste Serviço de Atendimento Urgente (SAU) das 08:00 às 24:00, para níveis de urgência azul e verde.

Um incêndio que deflagrou no hospital de Ponta Delgada pelas 09:40 locais de sábado (10:40 em Lisboa) e só foi declarado extinto às 16:11 obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para unidades de saúde em São Miguel, noutras ilhas açorianas e na Madeira.

Segundo a nota da USISM, o serviço de urgência “é composto por dois gabinetes médicos e dois espaços para realização de intervenções de enfermagem, e complementa a oferta de unidades de urgência já existente”.

O SAL fica instalado no piso -1 do centro de saúde e o acesso é feito pela entrada lateral, na Rua Francisco Carreiro da Costa.

Antes de acederam a este serviço, os utentes deverão ligar para a Linha de Saúde 808 24 60 24, de acordo com a USISM, que recorda existirem unidades básicas de urgência abertas 24 horas nos Centros de Saúde de Nordeste, Povoação, Ribeira Grande e Vila Franca do Campo.

Também para se dirigirem a estas valências os utentes devem ligar para o 112 (em caso de urgência e/ou acidente) ou para a Linha Saúde (doença aguda, descompensação de doença crónica ou outras situações).

No domingo, o Governo dos Açores declarou a situação de calamidade pública devido ao incêndio no hospital de Ponta Delgada e a secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, disse que a unidade de saúde já foi alvo de duas vistorias, mas ainda não há previsão para retomar o normal funcionamento do equipamento. Não foi ainda divulgada uma contabilização dos estragos do fogo, que terá sido motivado por um problema elétrico.

Na altura do incêndio estavam no estabelecimento de saúde 333 doentes e foi necessário proceder à transferência de 240, segundo a titular da pasta da Saúde.

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