O presidente do Governo dos Açores garantiu hoje que as autoridades estão a “fazer tudo” para minimizar os danos do incêndio “dramático” no Hospital de Ponta Delgada, alertando para a “necessidade premente” de renovar as unidades de saúde.
“A situação é lamentável. É dramática. Mas estamos todos a fazer tudo o que é possível para minimizar os danos”, declarou José Manuel Bolieiro na emissão especial da RTP/Açores dedicada ao incêndio que deflagrou no Hospital Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada.
O incêndio naquela que é a maior unidade de saúde dos Açores obrigou à transferência dos doentes ventilados para uma unidade de saúde privada e ao encerramento das urgências, segundo disse à agência Lusa fonte hospitalar.
O presidente do executivo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) confirmou que o incêndio teve origem num quadro elétrico e alertou para a necessidade de renovar os equipamentos do Serviço Regional de Saúde (SRS).
“Precisamos de compreender no domínio político a importância de olharmos para a situação ao longo de todos estes anos dos nossos equipamentos e instalações para termos um investimento robusto para reabilitar e inovar, além de mobilizar e ampliar instalações de saúde ao longo de todo o SRS”, salientou.
E acrescentou: “É emergente. Não temos meios disponíveis. Não deixarei também de alertar o Governo da República e o primeiro-ministro para essa necessidade premente”.
José Manuel Bolieiro deixou uma palavra de “gratidão e orgulho” a todos os profissionais de saúde que “acionaram os meios com prontidão máxima” e assegurou que “está tudo a ser acautelado” para garantir o “regresso à normalidade”.
O líder regional admitiu o fretamento de um avião caso seja necessário deslocar doentes e agradeceu o trabalho de todos os profissionais envolvidos no combate às chamas.
Antes, a secretária da Saúde, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, explicou que o incêndio colocou em causa “o fornecimento de energia ao Hospital” e que “o fumo se propagou em diversas áreas”.
A titular pela pasta da Saúde disse ainda que já foram transferidos os doentes que “estavam internados na unidade de cuidados intensivos neonatais e também nos adultos” e já foram “sinalizados doentes dos cuidados intermédios e dos cuidados paliativos para uma reposta mais diferenciada”.
O incêndio, cujo primeiro alerta foi dado pelas 09:40 locais (10:40 em Lisboa), está pelas 15:00 locais circunscrito.