Agora sim temos o Governo Regional na plenitude de funções. O Programa do Governo foi aprovado.

Para este resultado foi decisiva a abstenção do PAN, da Iniciativa Liberal e do Chega. O PS e o BE, tal como prévia e precipitadamente anunciado, votaram contra. No caso do BE, não há qualquer reparo a fazer. O BE vota sempre contra. É a sua natureza. O PS, por sua vez, é que fica numa fotografia muito desfocada.

Mas foi essa a vontade – unânime! – dos legítimos representantes do partido. Todos sabem a minha opinião. O tempo atual exigia, mais do que nunca, responsabilidade. Ser responsável não é dar falta de comparência aos Açores. O PS não é um partido de protesto.

O tempo atual e os superiores interesses dos Açorianos impunham um PS do lado das soluções. Não foi esse o rumo escolhido. Rumo, aliás, traçado por um comandante que está de saída. O que torna a opção ainda mais discutível. Optou-se, assim, por priorizar a tática partidária. Foi um erro. Mais um! Mas vai ser preciso virar a página. Arrepiar caminho. Repensar. Recentrar o partido. Mudar protagonistas. A hora é de olhar para os Açores. A nossa Região é mais importante do que tudo o resto. Contribuir para o progresso e bem-estar dos Açorianos tem de estar sempre acima de qualquer interesse partidário. Os partidos estão ao serviço dos Açores e nunca o contrário.

Mas é preciso que se cumpre este desiderato! São precisos exemplos. É preciso que os representantes do Povo vistam a camisola dos Açores. Há tanto que os une. Os Açores não podem continuar vítimas de guerrilhas partidárias que atrasam o nosso desenvolvimento. Todos queremos melhor serviço regional de Saúde; melhor sistema de Educação; melhor e mais Habitação; melhores serviços públicos; melhores rendimentos; etc.. etc… Todas estas áreas, bem como muitas outras, convocam a pactos ou consensos em nome de todos os Açorianos. É isso que o Povo espera. A verdade é que esse dia ainda não é a regra. Aliás, continua a ser a exceção. E é isso que terá de mudar.

Não defendo qualquer limitação à liberdade ou pluralidade partidária. Há espaço e tempo para conjugar a atividade partidária com o bem superior que a todos move: os Açores. Assim se cumprirá a nossa Autonomia!

Greve geral dos Jornalistas

Presto, por aqui, a minha total solidariedade a todos os jornalistas que no passado dia 14 tiveram que agendar uma greve geral para dizer basta. Não há Democracia sem Liberdade. Não há liberdade sem Jornalismo. Colaboro com a imprensa escrita há cerca de 20 anos. Estreei-me no Jornal “O Dever”.

O heroico jornal das Lajes do Pico. Sei bem das dificuldades que vivem todos aqueles que lutam, diariamente, para manter vivo um pilar fundamental de qualquer Estado de Direito Democrático. Obrigado a todos os profissionais da comunicação social! Bem-haja a todos os seres livres!

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