O coordenador regional do PCP Açores, Marco Varela, disse hoje que o resultado da CDU nas eleições legislativas “não foi o esperado”, mas o partido mantém os compromissos assumidos com os trabalhadores e com o povo.

“O resultado obtido pela CDU, tanto a nível nacional como regional, não foi o esperado, e irá constituir um fator negativo para o futuro próximo do país no seu conjunto, tendo evidentemente repercussões também na região”, referiu Marco Varela, numa nota de imprensa hoje divulgada.

A CDU (PCP/PEV) obteve nos Açores 1,09% (1.160 votos). A nível nacional alcançou 3,30% (202.485 votos) e elegeu quatro deputados.

Apesar do resultado verificado, o líder do PCP/Açores refere no comunicado que, como sempre, “nem o aumento nem a diminuição dos votos obtidos enfraquecem ou alteram os compromissos assumidos com os trabalhadores e com o povo”.

“O PCP não faltará com a sua disponibilidade, iniciativa, determinação e independência política, para fazer com que o país e a região andem para a frente, empenhando-se numa política alternativa patriótica e de esquerda”, garantiu Marco Varela.

Segundo o coordenador regional do PCP açoriano, o partido “será, mais uma vez, a luta dos trabalhadores e do povo, com a CDU sempre ao seu lado, a impedir retrocessos e a tornar possíveis os avanços necessários”.

A lista da Aliança Democrática (AD) mereceu a escolha de 39,84% (42.343 votos) dos 106.273 eleitores açorianos e elegeu dois deputados para a Assembleia da República.

A candidatura do PS, que também elegeu dois deputados, obteve 29,18% (31.015 votos) e a lista do Chega, que elegeu um, alcançou 15,76% (16.744 votos), de acordo com os resultados provisórios divulgados pelo Ministério da Administração Interna.

A nível nacional, a AD, que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49%, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de domingo, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).

A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados.

Estão ainda por apurar os quatro deputados pela emigração, o que só acontece no dia 20 de março. Só depois dessa data, e de ouvir os partidos com representação parlamentar, o Presidente da República indigitará o novo primeiro-ministro.

PUB