O porta-voz do PAN/Açores, Pedro Neves, reiterou hoje a mensagem de combate às maiorias absolutas, no último dia de campanha para as legislativas regionais de domingo, acreditando na reeleição de um deputado.

“As pessoas reconhecem o trabalho que foi realizado pelo PAN. Nos últimos três anos nós fomos o fiel da balança várias vezes em conjunto com a Iniciativa Liberal (IL). A diferença é que o PAN estava completamente desprendido, não tínhamos acordo firmado como a IL. Nós fizemos com estabilidade e mostramos que somos um partido responsável”, afirmou Pedro Neves.

O cabeça de lista do partido pelos círculos de São Miguel e da compensação às eleições legislativas regionais antecipadas de domingo, e deputado único do PAN, falava em declarações aos jornalistas durante uma ação de campanha pelas principais ruas da cidade da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel.

O candidato realçou o trabalho desenvolvido no parlamento açoriano, dando como exemplo várias iniciativas legislativas que permitiram mudar a vida dos açorianos, “com políticas diferentes para todos os cidadãos”.

“Os deputados tinham que mostrar o seu trabalho, fazer iniciativas para mudar a vida dos açorianos e os açorianos têm que saber quem é que trabalhou mais e o PAN foi o partido com mais iniciativas aprovadas”, salientou, afirmando que a população tem demonstrado nas ações de campanha que confiou no trabalho do partido e que quer “dar mais força” ao PAN na nova legislatura.

Para Pedro Neves, “é triste ver alguns partidos que não fizeram absolutamente nada no parlamento e estão a ter pelo menos uma grande sensação da parte dos açorianos por acharem, à partida, que fizeram bastante”.

Pedro Neves referiu-se, em concreto ao Chega, dizendo que “foi o partido com menos iniciativas nos Açores”.

“Será que os açorianos sabem que foi tudo apenas de comunicados e de aparecer na televisão”, questionou.

Interrogado sobre o cenário pós-eleitoral, Pedro Neves reafirmou que o partido dialoga “com todas” as forças partidárias, à exceção do Chega, insistindo na necessidade de evitar “maiorias absolutas”.

No último dia da campanha, o candidato manteve contactos com a população, distribuindo pelas ruas da cidade da Ribeira Grande guarda-chuvas e manifestos eleitorais do partido.

“Não se esqueça de votar domingo”, lembrou o candidato, recebendo mensagens de “boa sorte”.

Mais à frente uma idosa chamou Pedro Neves, justificando que o queria conhecer “ao vivo” e dizendo-lhe para ter “fé em Deus”.

O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas para o próximo domingo, após o chumbo do Orçamento para este ano.

Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.

Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.

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