O Presidente José Manuel Bolieiro lembrou ontem na Graciosa que o PS mantém a “arrogância” de 24 anos no poder e considerou que os últimos três anos na oposição “não foram suficientes para os socialistas ganharem humildade”.
“Três anos de cura na oposição não dá para ganhar humildade, não dá para ganhar capacidade de diálogo e de concertação. Três anos de oposição é pouco tempo para 20 anos de poder e arrogância”, afirmou o líder da Coligação PSD/CDS/PPM que discursava na apresentação dos candidatos pela ilha Graciosa, em Santa Cruz.
José Manuel Bolieiro lembrou que foi “a sua arrogância é que não permitiu entendimentos no passado”, quando agora diz que vai ser “dialogante porque aprendeu a lição em três anos de oposição”.
Mas três anos é pouco tempo, comparado com “24 anos de poder e arrogância. Três anos de cura na oposição não dão para ganhar a humildade, não dão para ganhar capacidade de diálogo e de concertação. Sim, é útil uma cura de oposição para ganhar a humildade”, disse.
É no diálogo, reforçou o candidato a Presidente do Governo Regional, “que há entendimento”, daí não levar a sério as acusações de instabilidade por parte do Partido Socialista.
“Vasco Cordeiro, que diz hoje cobras e lagartos do Dr. Artur Lima foi o primeiro a contactá-lo na noite eleitoral para definir uma coligação”, recordou.
José Manuel Bolieiro lembrou que, de 1996 a 2000, com governo minoritário do Partido Socialista, o PSD e o CDS-PP viabilizaram três Orçamentos consecutivos da Região.
Nesse período, “PSD e CDS-PP nunca inviabilizaram os Planos e Orçamentos, porque sempre puseram em primeiro lugar os interesses dos Açores em vez dos seus próprios interesses. Nunca derrubaram um governo de minoria, porque amavam os Açores e acharam que tinham de defender os interesses da Região e a estabilidade política governativa”, salientou.
“Nós quisemos defender os interesses dos Açores e juntámo-nos porque unidos pelos Açores somos mais fortes”, frisou.
Já o Partido Socialista preferiu rejeitar o Orçamento para 2024, porque aprovar significaria uma moção de confiança, quando não tinha “coragem” para apresentar uma moção de censura.
Para o líder da Coligação, “a política faz-se com coragem, com transparência e com a assunção das responsabilidades. Não foi isso que o Partido Socialista e o seu líder fizeram”, derrubando o seu Governo ao “tornear, arranjar parceiro, numa coligação negativa para de derrubar o Governo e reprovar o Orçamento”.
José Manuel Bolieiro acrescentou ainda que “quem governou como presidente oito anos, quem passou pelo governo durante 20 anos, teve muito tempo para fazer tudo que agora diz que quer fazer a continuidade do que nós fizemos”.
Em suma, o PS não tem “um projeto de governação ou programa eleitoral com ideias novas, com criatividade, com inovação, com saber de experiência feito para introduzir numa governação inovadora”, afirmou.
“É a Coligação quem tem um rumo e um sentido estratégico a cada dia que passa, sente que hoje está melhor que ontem, e continua a ter ambição que amanhã esteja melhor do que hoje”, reiterou.
José Manuel Bolieiro enalteceu o trabalho desenvolvido por João Bruto da Costa que liderou o grupo parlamentar do PSD/Açores, na atual legislatura, e que volta agora a encabeçar a lista de candidatos pela ilha Graciosa.
“Acredito na qualidade desta lista, do primeiro ao último candidato da Graciosa ao Parlamento dos Açores. Esta é lista melhor da Graciosa e peço apoio de todos nesta lista”, vincou o candidato a Presidente do Governo Regional, confiante que a Coligação irá eleger dois mandatos na ilha branca.
O cabeça de lista da Coligação pela Graciosa, João Bruto da Costa, salientou que “foi este Governo que cumpriu a palavra dada com a Graciosa”.
O candidato social-democrata lembrou ainda que “uma série de investimentos não avançou durante a governação socialista. Foi com este Governo, com o Presidente Bolieiro e com esta Coligação que finalmente tirámos a Graciosa da gaveta e colocámos a Graciosa no mapa”.
A lista da Coligação PSD/CDS/PPM pela ilha Graciosa é liderada por João Bruto da Costa, seguindo-se Adolfo Vasconcelos, Madalena Picanço, Renato Ramos, Patrícia Teles, Carolina Machado, João Silva, Henrique Lima, Magda Silveira, Fernando Correia e Marco Nuno Silva. António Reis, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, é o mandatário.