O Governo dos Açores vai “estudar” a possibilidade de criar uma alternativa de acesso à freguesia da Ribeira Quente, que esteve isolada devido a uma derrocada que impediu a circulação na única via existente, foi hoje anunciado.

“Esta é uma promessa não cumprida, com 24 anos [dos governos socialistas]. Este Governo Regional reconhece que há um problema, vai tentar estudar. Se fosse fácil já estava resolvido. Mas nós, em relação a este projeto, não viramos a cara à luta, ao que é necessário fazer e o que consideramos que é o adequado. Estudar, estudaremos”, declarou a secretária regional Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral.

A criação de um caminho alternativo à freguesia da Ribeira Quente, no concelho da Povoação, na ilha de São Miguel, é uma reivindicação desde 1997, altura em que uma derrocada causou a morte a 29 pessoas naquela que é considerada pelos especialistas como uma das zonas mais vulneráveis a fenómenos de vertente.

Berta Cabral, que vai estar hoje de visita ao local da derrocada, frisou que “está aberta a fazer um estudo sério, rigoroso, de uma alternativa à Ribeira Quente e, a seu tempo, será decidido”.

A passagem da depressão Óscar pelos Açores, que provocou chuva intensa em São Miguel, originou derrocadas na estrada e a freguesia da Ribeira Quente, que ficou isolada entre as 15:20 (16:20 em Lisboa) de terça-feira e as 06:20 de quarta-feira.

O PS/Açores defendeu sexta-feira o estudo de soluções técnicas que possam ajudar a repor a segurança e melhorar o acesso à freguesia da Ribeira Quente, em São Miguel.

“Neste momento é fundamental estudar soluções técnicas que possam ajudar a contribuir para repor a segurança e melhorar a acessibilidade à freguesia da Ribeira Quente, mas também na estrada que liga as Furnas à Povoação, que é uma revindicação antiga dos povoacenses e da Câmara Municipal da Povoação”, defendeu o líder do Secretariado de Ilha de São Miguel do PS/Açores, André Rodrigues.

O Chega/Açores reivindicou a criação de uma estrada alternativa para a freguesia da Ribeira Quente, em São Miguel, que ficou recentemente isolada, durante 15 horas, devido a derrocadas no único acesso existente.

“A solução é o que está prometido desde 1997: ter uma estrada alternativa. Obviamente, melhorando aquela, tentando criar ali condições de segurança, mas ter uma estrada alternativa”, afirmou, em declarações à Lusa, o líder regional e deputado único do Chega na Assembleia Legislativa dos Açores, José Pacheco, que visitou a única estrada de acesso à Ribeira Quente, no concelho da Povoação.

PUB