O líder do Chega/Açores defendeu hoje que produtos como a carne e a meloa de Santa Maria devem ser potenciados através da sua colocação nos restaurantes dos Açores e disse que o projeto aeroespacial é uma ilusão.
José Pacheco, candidato pela ilha de São Miguel e pelo circulo da compensação, esteve hoje em campanha para as legislativas regionais de 04 de fevereiro na ilha de Santa Maria, tendo referido que tanto o PS como o PSD “andaram a prometer aos marienses um centro aeoroespacial do mais evoluído do mundo e não fizeram nada”.
“Não se pode prometer ilusões às pessoas. Toda a gente sabia, os cientistas diziam que não seria uma zona propícia a isso e andaram a enganar os marienses a dizer que era verdade”, afirmou José Pacheco, em declarações à agência Lusa por telefone.
O candidato defendeu que se invista em outras áreas na ilha de Santa Maria, como a carne de borrego, que “pode ser um mercado muito apetecível”, a par da meloa, produtos que devem estar no menu dos restaurantes dos Açores.
José Pacheco referiu que nada foi feito nestas áreas, nem na requalificação do Bairro do Aeroporto, sendo a ilha a “terra do não se fez”.
O círculo eleitoral de Santa Maria elege três deputados, que serão escolhidos pelos 5.200 eleitores inscritos no mapa oficial da CNE.
Em 2020, a ilha registou uma das mais elevadas taxas de abstenção na região (55,78%) e atribuiu a vitória ao PS, com 1.050 votos (45,67%) e dois mandatos, enquanto o PSD obteve 556 votos (24,18%) e um mandato.
O Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas para 04 de fevereiro após o chumbo do Orçamento para este ano.
Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.
Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.