Foto: Rui Ochoa

O presidente da IL defendeu hoje a realização de eleições antecipadas no fim de janeiro como “única solução” após a demissão do primeiro-ministro, preferia que o Orçamento não entrasse em vigor e recusou qualquer coligação pré-eleitoral.

Rui Rocha falava aos jornalistas no Palácio de Belém, onde o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está hoje a ouvir os oito partidos com assento parlamentar para uma eventual dissolução do parlamento, após a demissão de António Costa, na terça-feira.

“A nossa convicção é que a única solução neste momento é a convocatória de eleições. Esta eleição deve ser feita mais cedo do que tarde, há questões de calendário, as festas natalícias”, disse, considerando que “a partir de fim de janeiro” seria uma altura adequada para o sufrágio.

Questionado se a IL entende que o Presidente da República deve ajustar o calendário da demissão do Governo e da dissolução de forma a fazer a votação final global do Orçamento do Estado para 2024, em 29 de novembro, Rui Rocha assegurou que o partido “não fará finca-pé” sobre esta questão.

“A nossa perspetiva é que era melhor que este Orçamento não entrasse em vigor, mas não queremos que isso seja o núcleo da discussão política, o importante é que os portugueses sejam chamados a escolher uma nova solução política”, disse.

Questionado se admite abrir uma exceção à regra fixada na moção com que foi eleito, na qual recusa coligações pré-eleitorais, o líder da IL afastou essa possibilidade.

“Somos um partido responsável e sempre disponível para o país, mas do ponto vista pré-eleitoral não temos nenhuma disponibilidade para entendimentos”, disse.

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