O CDS-PP/Açores defendeu hoje a instalação de uma unidade de Hemodinâmica no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, em complementaridade com a que existe no hospital de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

O deputado regional açoriano do CDS-PP Pedro Pinto considerou hoje ser “fundamental que, no mais curto espaço de tempo, seja implementada uma unidade de Hemodinâmica” no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT), numa lógica de “redundância e complementaridade” ao nível do Serviço Regional de Saúde.

No final de uma reunião com o Conselho de Administração do HSEIT, o parlamentar lembrou que antes do incêndio que atingiu o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada, em maio, os doentes da ilha Terceira “eram enviados para Ponta Delgada para fazer cateterismos” e, “neste momento, não podem ir”.

“Nós sabemos que no atendimento desses casos de doença coronária súbita, o tempo de socorro é crítico para o desfecho da situação. E, portanto, é fundamental criar uma unidade de hemodinâmica na ilha Terceira”, defendeu, citado num comunicado do partido.

Para o deputado do CDS-PP/Açores, numa primeira fase de implementação da unidade de Hemodinâmica será necessário recrutar equipas fora da ilha Terceira, mas depois de estar em “velocidade de cruzeiro”, os médicos especialistas que ali se encontram “são capazes de assegurar o serviço”.

“As instalações já estão aqui desde 2012. Só falta mesmo os equipamentos”, declarou, considerando que o investimento financeiro que será necessário realizar com o projeto deverá “trazer poupança no futuro”.

Pedro Pinto alertou que as doenças coronárias são as que têm maior incidência a nível nacional e regional pelo que, “um doente que fique com sequelas de um AVC, por exemplo, tem um custo de tratamento para o resto da sua vida tão elevado, que compensa criar a unidade de hemodinâmica” no HSEIT, “em complementaridade com a existente no HDES”.

O parlamentar do CDS-PP insistiu na ideia de que o investimento no HDES, “necessário em virtude do incêndio do passado mês de maio, não deve comprometer o investimento” no HSEIT, no Hospital da Horta (Faial), nem nas Unidades de Saúde de Ilha, uma vez que estas estruturas permitiram que “nenhum açoriano tenha ficado por tratar” desde então.

No hospital da ilha Terceira, por exemplo, foram recebidos “logo nas primeiras horas, doentes de várias especialidades, incluindo cuidados intensivos, cirurgia vascular, pediatria, urologia”, lembrou.

“Obviamente que os constrangimentos em Ponta Delgada estão a forçar a transferência de doentes de determinadas especialidades e isso tem vindo a sobrecarregar os profissionais, mas o serviço não está em rutura: continua a cumprir a sua missão”, assegurou.

O HDES, em Ponta Delgada, o maior hospital dos Açores, foi afetado por um incêndio no dia 04 de maio, que obrigou à transferência de todos os doentes internados para outras unidades de saúde, algumas fora da região.

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