A secretária regional da Saúde dos Açores anunciou hoje que a administração do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) está a promover desde segunda-feira a abertura faseada do bloco operatório, fechado desde o incêndio de maio.

Mónica Seidi especificou que se pretende abrir as salas 1 e 2 e também a pequena cirurgia do HDES e, “numa fase posterior”, a sala 3, onde se faz a videocirurgia.

A titular da pasta da Saúde falava no âmbito de uma visita que fez à Clínica de Bom Jesus, em Ponta Delgada, onde agradeceu o apoio prestado ao HDES durante quatro meses, através da realização de cirurgias, que agora transitam para o hospital.

A governante referiu ainda que será promovida uma “reorganização de toda a atividade do bloco operatório” do HDES, que “aumentará assim a sua eficiência e, consequentemente, haverá um maior número de doentes operados”.

Segundo Mónica Seidi, vai ser possível realizar “cirurgias com maior complexidade e demais especialidades”, sendo que, “já no próximo mês de outubro, haverá um alargamento do horário do funcionamento do bloco operatório”, visando a “recuperação de toda a atividade cirúrgica que foi fortemente condicionada” na sequência do incêndio.

A responsável exemplificou que, comparativamente ao período homólogo de 2023, houve uma redução de 18% de cirurgias, sendo que há um aumento de lista de espera cirúrgica de 2% por mês.

“Apesar de claramente condicionados, felizmente tem sido garantida a resposta aos doentes urgentes e prioritários”, afirmou a secretária regional, acrescentando que, com o alargamento do horário para cirurgias, pretende-se “garantir uma melhoria franca na resposta”, apesar desta “não ser evidente já no mês de outubro”.

O Hospital da CUF vai entretanto continuar a operar, a par do HDES.

Questionada sobre a atividade do hospital modular, Mónica Seidi refere que tem “estado a funcionar, não havendo relatos, à data de hoje, de constrangimentos”, sendo que a atividade “está a aproximar-se daquilo que eram os números prévios do serviço de urgência do HDES”.

Cerca de 40% dos atendimentos são doentes com as pulseiras amarelas, laranjas e vermelhas.

Entretanto, dada a proximidade com o HDES, os números do Serviço de Atendimento Urgente (SAU) do Centro de Saúde de Ponta Delgada, têm vindo a diminuir, pretendendo-se promover uma remodelação do SAU, passando-o para um espaço mais amplo, visando a criação de mais um gabinete médico face à proximidade do inverno.

Mónica Seidi anunciou ainda a instalação do raio X no Centro de Saúde de Ponta Delgada em outubro.

O Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), o maior dos Açores, foi afetou por um incêndio no dia 04 de maio, que obrigou à transferência de todos os doentes internados para outras unidades de saúde, incluindo para fora da região.

Os prejuízos na infraestrutura, que está a retomar a atividade de forma gradual, foram estimados em 24 milhões de euros.

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