A reitora da Universidade dos Açores (UAc) voltou a defender hoje a criação de um centro académico clínico que possa investigar “domínios críticos” como a incidência de determinadas doenças na região.

“Reforcei a importância de a região dar passos substantivos, em parceria com a UAc, no sentido de criarmos as condições para a criação de centro académico clínico na região, que de uma forma substantiva possa dar um contributo mais balizado e alargado ao nível da investigação na área da saúde”, defendeu Susana Mira Leal.

A responsável da academia açoriana falava na sede da Presidência do Governo Regional, em Ponta Delgada, após uma reunião com o líder do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), que está a ouvir os partidos e organizações a propósito do Orçamento da região para 2025.

A reitora lembrou o investimento da UAc na “qualificação de profissionais” nas áreas da medicina, enfermagem, ciências biomédicas e psicologia clínica e da saúde.

Para Susana Mira Leal, a criação de um centro académico clínico poderia dar um contributo em “áreas e domínios críticos” para os Açores, como a incidência de determinadas doenças, e potenciar a formação de um “centro de simulação clínica”.

A reitora assegurou que a UAc vai receber cerca de 950 mil euros do Orçamento dos Açores em 2025 ao abrigo de um contrato-programa firmado até 2027.

Mira Leal confirmou ainda a exclusão do único concorrente do concurso público para a construção da residência universitária de Ponta Delgada (investimento previsto no Plano de Recuperação e Resiliência), que “não apresentou uma proposta conforme estabelecido no caderno de encargos”.

“O que a universidade está a fazer é a diligenciar por todos os meios que tem ao seu dispor para conseguir reunir as condições, quer financeiras, quer de tempo, para o lançamento de um novo concurso”, garantiu.

O presidente do Governo dos Açores começou na segunda-feira uma ronda de reuniões com partidos, parceiros sociais e associações tendo a vista a elaboração do Plano e Orçamento para 2025, que vão ser discutidos e votados na Assembleia Regional em novembro.

O executivo saído das eleições legislativa antecipadas de 04 de fevereiro governa a região sem maioria absoluta no parlamento açoriano e, por isso, necessita do apoio de outro partido ou partidos com assento parlamentar para aprovar as suas propostas.

No sufrágio de fevereiro, PSD, CDS-PP e PPM elegeram 26 deputados, ficando a três da maioria absoluta. O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido do Chega, com cinco. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.

 

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