O deputado do PPM/Açores disse hoje que vai votar favoravelmente o Plano e Orçamento do Governo Regional da coligação PSD/CDS-PP/PPM para este ano, porque significa recuperar o tempo perdido e a região “voltar a avançar”.
“O PPM apoia este Orçamento. É o caminho da valorização de muita gente e de muitas coisas. Significa recuperar o tempo que nos fizeram perder e que resultou num grave prejuízo para os açorianos. Agora é tempo de [a região] voltar a avançar”, disse João Mendonça, deputado único do PPM, partido que integra a coligação governamental com o PSD e o CDS-PP.
O deputado único do PPM, que falava no parlamento regional açoriano, no terceiro dia do debate sobre o Plano e Orçamento do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) para 2024, no período das intervenções finais dos partidos, considerou que “as regras simples, que regeram a vida da maioria dos açorianos ao longo de gerações, são as que [se] devem aplicar [a] um bom Governo”.
João Mendonça lembrou que o PS governou a região durante 24 anos e quando o executivo da coligação assumiu o poder “optou, e muito bem, por parar o endividamento e pagar as dívidas que o PS assumiu em nome dos Açores”.
Relativamente ao Orçamento desde ano, deputado salientou que após a aprovação do documento “os funcionários públicos passam a progredir nas suas carreiras em apenas seis anos, em vez dos 10 do tempo do PS”, considerando ser justo que assim seja, já que “têm perdido poder de compra de ano para ano”.
Por outro lado, “nunca se investiu tanto na educação” como agora, “nunca se contrataram tantos professores” e “nunca se atribuíram tantos apoios na escola e para a entrada na Universidade”, acrescentou.
“No conjunto gastam-se, este ano, mais 44 milhões de euros na saúde e na educação. Nunca, na nossa história, se gastou tanto na educação e na saúde, e ainda não chega, eu sei. Mas, também sei que este é o caminho certo. Esta é a ‘chança’ [como dizem os habitantes da ilha do Corvo, de onde o deputado vive], ou seja, a oportunidade de melhorar as coisas”, apontou.
O parlamentar do PPM destacou ainda que “pagam-se agora, nos Açores, muito menos impostos que no resto do país”, considerando “a canga dos impostos tem de permanecer o mais baixa possível e é isso que vai acontecer com este Governo [Regional] e este Orçamento”.
Quanto à economia açoriana, disse, “continua a crescer ao fim de 34 meses consecutivos” e o número de empregados é o mais alto da história açoriana.
“Tudo isto comprova que estamos a seguir o caminho certo”, afirmou.
O Plano e o Orçamento dos Açores para 2024, com um valor de 2.045,5 milhões de euros, semelhante ao apresentado em outubro de 2023 (2.036,7 milhões), começou na terça-feira a ser debatido no plenário da Assembleia Legislativa Regional, na Horta.
É a segunda vez que o Governo regional de coligação liderado por José Manuel Bolieiro apresenta uma proposta de Plano de Investimentos para este ano, depois de a anterior ter sido rejeitada na Assembleia Legislativa, em novembro, com os votos contra de PS, BE e IL e a abstenção de Chega e PAN, o que levou o Presidente da República a convocar eleições antecipadas.
O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido do Chega, com cinco. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.