O Serviço Nacional de Saúde e, consequentemente, o Serviço Regional de Saúde, completaram, esta semana, 45 anos. Até à sua criação, milhões de Portugueses não tratavam as suas doenças – apenas esperavam que passassem. Em setembro de 1979, a Revolução de Abril trouxe mais uma conquista – o acesso à Saúde para todos, independentemente da sua condição económica e social. Nestes 45 anos, este Serviço Público imprescindível trouxe novos cuidados, novos tratamentos e novas especialidades, aos quais era impossível aceder.

Quando nos dirigimos ao Público, só nos perguntam o que nos trás lá ou que doença temos. Nunca nos perguntam se o seguro de saúde cobre. No Público, nunca um tratamento, um parto, ou um internamento foi interrompido por falta de dinheiro. O mesmo não se pode dizer do privado. Nestes 45 anos, reduziu a mortalidade infantil e aumentou a esperança de vida e a qualidade de vida.

Os problemas que se têm multiplicado não são da responsabilidade deste Serviço Público, nem de quem nele trabalha. São o resultado de decisões com responsáveis políticos, a começar pelos governos do PS, do PSD e do CDS, sempre apoiados pelo voto da IL e do CH. Estamos a assistir, nos últimos anos, a retrocessos simplesmente intoleráveis. O objetivo é claro: privatizar a saúde e favorecer o negócio privado da doença. Por exemplo, de cada vez que fecha uma Maternidade Pública, abre uma privada ao lado. O dinheiro público desviado para os lucros privados seria suficiente para resolver todos os problemas que bem conhecemos. Seria suficiente para comprar os equipamentos que faltam, para fixar Médicos, Enfermeiros e outros Recursos Humanos essenciais, para acabar com as longas listas de espera e para que os exames pagos a peso de ouro ao privado fossem feitos, rapidamente e com qualidade, no Público.

A melhor forma de assinalar os 45 anos do Serviço Nacional de Saúde é valorizar todos os que nele trabalham, que o fazem funcionar, e defender que este só cumpre o seu papel por ser Público, Universal e Gratuito!

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