A Marinha Portuguesa através do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada (MRCC Delgada) conduziu, desde as 13h18 de 22 de março, uma ação de busca e salvamento de um tripulante nacionalidade indonésia da embarcação de pesca “GARCIA MIGUEL”, que caiu ao mar enquanto decorria a faina de pesca, a cerca de 345 milhas, o equivalente a 639 quilómetros a nordeste da ilha de S. Miguel.

Nesta operação a Marinha empenhou a Corveta António Enes, durante 41 horas que, não obstante as condições meteorológicas adversas que se faziam sentir no local, se deslocou para a área de operações, tendo o navio efetuado buscas na área em complemento do esforço de busca efetuado por outros navios mercantes, sob coordenação do MRCC Delgada.

Mesmo após ter sido ultrapassado em tempo, o limite máximo de sobrevivência da vida humana no mar, em função da temperatura da água do mar no local e condições ambientais verificadas, a corveta António Enes permaneceu no local em ações de busca por mais 14 horas do que aquele limite, até que fosse considerado como totalmente impossível encontrar-se com vida o tripulante sinistrado, tendo sido dadas por encerradas as buscas pelo náufrago, às 13h00 de 24 de março.

Manter-se-á em vigor o aviso à navegação que alerta todos os navios e embarcações que cruzam a área, para se manterem atentos e reportarem qualquer avistamento para o MRCC Delgada.

Estiveram envolvidos nas buscas pelo tripulante as embarcações de pesca” Miguel Garcia” e “Estrela de Ancora”, os navios mercantes “NIG JING HAI”, “MONTE BRASIL”, “EURONIKE”, “OOCL GUANG ZHOU”, “CARIBBEAN LOYALTY”, “NEW HAVEN”, e os meios da Marinha e da Força Aérea em missão na Região Autónoma dos Açores, respetivamente, o NRP António Enes e uma aeronave C-295, da Força Aérea Portuguesa. Foram empenhados um total de 10 unidades e efetuadas buscas numa área de 1600 milhas náuticas quadradas, aproximadamente 5487 quilómetros quadrados, que corresponde a uma área equivalente a mais de 500 campos de futebol.

A Marinha permanece vigilante e empenhada, 24 horas por dia e 365 dias por ano, na proteção e segurança de todos os espaços marítimos sob responsabilidade nacional, independentemente do estado do mar que se faça sentir, contribuindo para a salvaguarda das populações onde e quando seja necessário.

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