O líder da IL destacou no domingo o “resultado positivo” nas eleições dos Açores e o crescimento na votação dos liberais, assinalando a “derrota da esquerda” e que caberá à coligação vencedora “definir qual o caminho que pretende traçar”.

Rui Rocha reagiu, em Lisboa, às eleições regionais dos Açores, começando por sublinhar o “crescimento da Iniciativa Liberal em termos de votação em cerca de 25%”, aquilo que classificou como um “resultado positivo, de crescimento”.

A IL conseguiu nas eleições de domingo manter um deputado nos Açores, tendo 2,15% com 2.482 votos.

O líder liberal destacou ainda “uma derrota da esquerda” nestas eleições, considerando que o “PS tem um resultado inédito nestas últimas três décadas e toda a esquerda apresenta resultados abaixo daquilo que eram os resultados que tiveram nas últimas eleições”.

O líder liberal considerou que caberá à coligação vencedora “definir qual o caminho que pretende traçar” e que a IL avaliará, “caso a caso”, as propostas que forem “a favor dos açorianos”.

Questionado sobre a possibilidade do partido integrar um governo minoritário com a coligação PSD/CDS/PPM, Rui Rocha considerou que “face a estes resultados”, não antecipa uma “grande viabilidade ou interesse num cenário desta natureza”.

“O cenário que faz mais sentido é que a Iniciativa Liberal faça avaliação ponto a ponto, caso a caso, sempre no interesse dos açorianos”, disse.

Sobre a leitura nacional destes resultados, o presidente da IL defendeu que “são planos diferentes, as autonomias têm características e especificidades próprias”.

“Nunca fizemos grandes leituras para efeitos nacionais, penso que também não se justifica agora fazer essas leituras. São realidades muito diferentes”, considerou.

Já quanto a cenários de governabilidade, uma vez que a coligação venceu com maioria relativa, o líder da IL escusou-se a fazer grandes comentários já que se tratam de “questões regionais” e que “dizem respeito aos outros partidos”, optando por não se pronunciar sobre o que deve a AD fazer em relação à possibilidade de coligação com o Chega.

“Assim como até agora fomos responsáveis por decisões como a descida do IRS para o mínimo possível nos Açores e para a descida do IVA para o mínimo possível nos Açores, continuaremos no parlamento, com o nosso deputado regional Nuno Barata, a lutar pela melhoria das condições de vida dos açorianos e pela descida de impostos, pela simplificação, pelo progresso dos Açores”, prometeu, agradecendo a “todos os candidatos que deram a cara, o tempo e a energia pelas ideias liberais nestas eleições regionais dos Açores”.

A coligação PSD/CDS-PP/PPM venceu no domingo as eleições regionais dos Açores, com 42,08% dos votos, mas com 26 lugares no parlamento, ficando a três deputados da maioria absoluta, segundo dados oficiais provisórios.

O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos (35,91%), seguido pelo Chega, com cinco mandatos (9,19%).

BE (2,54%), IL (2,15%) e PAN (1,65%) elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.

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