O cabeça-de-lista do CHEGA pelo círculo eleitoral dos Açores à Assembleia da República, Miguel Arruda, entende que a Região está ao abandono, por parte de Lisboa, e garante lutar para quebrar o ciclo do nepotismo e do compadrio dos deputados eleitos pelos Açores pelos dois maiores partidos políticos.

“Temos no continente cinco pessoas, que são os deputados eleitos pelos Açores à Assembleia da República, que em vez de estarem preocupados com os Açores, estão preocupados com as suas agendas pessoais para chegar a Secretários de Estado ou a Ministros”, reforçou enquanto argumenta que “temos alguns casos que representam o nepotismo, compadrio, em que o principal é ser filho de, primo de, afilhado de, em vez de ser pessoa com competências em, formado em, com mérito. Isso deixou de existir nos Açores e reflecte-se nos nossos deputados dos Açores na República”.

E deixou um repto aos Açorianos: “digam-nos o nome dos cinco deputados dos Açores. A maioria dos Açorianos não sabe. São deputados que estão enfiados em gabinetes bolorentos, não se sabe o que andam a fazer, vivem principescamente à nossa custa, Açorianos e portugueses. Comigo os Açores estão primeiro”.

Miguel Arruda, que falava hoje junto ao Tribunal de Ponta Delgada aquando da entrega da lista de candidatos pelo círculo eleitoral dos Açores à Assembleia da República, especificou algumas situações do abandono que denunciou.

“Aceitei este desafio porque vejo os Açores a afundar, parecemos jangadas a afundar no mar. Estamos aqui ao abandono, a República abandonou-nos, vemos edifícios ao abandono, vemos esquadras de polícia ao abandono, tribunais ao abandono – acabei de receber um manifesto com reivindicações do sindicato dos funcionários judiciais – tudo o que seja da República está ao abandono neste momento”, reforçou.

Já José Pacheco, líder do CHEGA Açores, destacou as competências e capacidades de Miguel Arruda para acabar com “esta anti-democracia de termos apenas dois partidos a representar os Açores na República. Não é admissível e eu, grande defensor da pluralidade democrática, quero ver o CHEGA Açores na República e tenho forte convicção que os Açorianos nos vão dar este voto de confiança”.

Até porque, garantiu o líder do CHEGA Açores, Miguel Arruda é “uma pessoa muito bem formada, com fortes convicções de direita e que, quando for preciso dar um murro na mesa dá. Mesmo contra o seu próprio partido. Temos uma Autonomia, temos de respeitar a Autonomia, e sempre que estiver em causa o interesse dos Açores devemos dar um murro na mesa”.

Miguel Arruda é licenciado em Ciências Biológicas e da Saúde, com pós-graduação em Segurança Alimentar e Saúde Pública, pós-graduação em Engenharia da Qualidade, Mestre em Ciências Biomédicas e Mestre em Ambiente, Saúde e Segurança, pela Universidade dos Açores.

Do seu currículo profissional consta a passagem como Sargento no Exército Português, investigador científico na Universidade dos Açores, técnico superior numa empresa na área da gestão de resíduos, sendo actualmente técnico superior numa empresa inter-municipal.

O cabeça-de-lista do CHEGA Açores é ainda autor e co-autor de mais de 20 publicações científicas, em revistas da especialidade.

Além de Miguel Arruda, fazem parte da lista do CHEGA pelo círculo eleitoral dos Açores às eleições legislativas de 10 de Março, José Bernardo (engenheiro agrícola reformado), Ana Martins (engenheira do ordenamento do território), Pedro Rodrigues (fiscal de transportes), Luís Franco (assistente técnico), Carla Dias (jornalista), José Paulo Sousa (operador de central), Eduarda Braga (assistente de veterinária – inseminadora), Paulo Lemos (operador de armazém) e Liliana Pereira (recepcionista).

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