O cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL) pela ilha de São Miguel às Eleições Regionais do próximo dia 4 de fevereiro e Coordenador Regional do partido, Nuno Barata, defendeu, esta segunda-feira, que “simplificar procedimentos na relação entre os privados e o Estado/Região, desburocratizar e baixar a carga fiscal sobre as empresas é fundamental” para o setor da habitação nos Açores.
Após visitar as instalações e reunir com a Administração da empresa Marques, SA, na Ribeira Grande, Nuno Barata quis ainda deixar uma mensagem de esperança às novas gerações, referindo que “a investigação e o aproveitamento dos recursos endógenos da Região” são essenciais para o estabelecimento de jovens empresários nos Açores e para o desenvolvimento de novos projetos empreendedores.
“A grande preocupação dos Açorianos, neste momento, é a falta de habitação. A empresa Marques – que foi, até à pouco tempo, uma das maiores promotoras nesta área, retirou-se do mercado da construção da habitação porque, por via da burocracia, dos impostos e dos problemas que são criados pelo Estado aos promotores dosinvestimentos, a margem de comercialização fica muito baixa e não é possível colocar mais habitação nova no mercado sem correr riscos elevadíssimos”, apontou.
O cabeça de lista da IL diz que “foi a burocracia que o Estado criou, a carga fiscal que o Estado impôs e os problemas que se criaram às empresas que retirou do mercado a habitação que tanta falta faz aos Açorianos”, frisando que, “aliás, neste momento, a própria Região está a ser confrontada com essa realidade, porque está a tentar recuperar habitação que que está abandonada desde a crise do subprime e não está a conseguir fazê-lo, porque está a barrar nas próprias barreiras que o Estado criou”.
Para Nuno Barata “não vale a pena falar em habitação social, em habitação pública, quando as empresas que estavam em condições deconstruir e de meter no mercado novas habitações, foram empurradas pela burocracia e pelos impostos e taxas a abandonar o setor.Foi o próprio Estado a criar entraves ao investimento privado, aliás, como o faz com as propriedades dos cidadãos, quando impede que uma família possa construir num seu terreno porque, por exemplo, ele está inscrito na reserva agrícola ou está junto a uma via rápida”.
“O papel do Estado, o excesso de regulamentação e o excesso da carga fiscal, não só encareceu a construção como trava os empreendedores. E isto é o que acontece com o setor da construção civil, desde a crise do subprime”, criticou.
Por outro lado, o candidato liberal quis deixar uma mensagem de esperança às novas gerações: “Outra ideia que levamos desta visita e que me parece ser a parte de esperança que temos que devolver aos Açorianos e dar às novas gerações é a ideia de que é possível inovar nos Açores, é possível utilizar as nossas matérias primas endógenas, valorizá-las e metê-las nos mercados internacionais”.
Sendo certo que isso “requer muito esfoço financeiro, muita investigação e muita resiliência”, afirmou Barata, também é “uma das vias para retirar os Açores da pobreza em que se encontram”, porque, terminou,“inovar, utilizar as nossas matérias-primas ímpares e acrescentar valor, através da exportação, valoriza as nossas produções. Um jovem inovador não precisa ter muito dinheiro, precisa ter pequenas condições para inovar e para investigar, mas, acima de tudo, precisa que o Estado não se meta no seu trabalho”.
Defende Nuno Barata (IL) simplificar, desburocratizar e baixar a carga fiscal é prioritário para setor da habitação nos Açores
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