A CDU dedicou o dia de sábado 13 de janeiro ao problema da habitação. Na iniciativa participaram o primeiro candidato por São Miguel e segundo candidato pela compensação, Rui Teixeira, bem como outros candidatos e ativistas da CDU.

Nos contactos com a população, sobressaíram as dificuldades em pagar as prestações das casas, perante o aumento das prestações. Foi também evidente o efeito da especulação imobiliária no preço das casas, adiando, muitas vezes, a constituição de uma família.

O problema tem-se agravado de forma dramática, obrigando muitas famílias a sair do lar que construíram, pelas dificuldades financeiras incomportáveis.

O candidato da CDU, Rui Teixeira, afirmou que esta difícil realidade, bem presente em São Miguel há muitos anos, tem-se alastrado a todos os concelhos da Região.

O efeito prático é a inviabilização de um futuro socialmente sustentável para os Açores, traduzindo-se num drama para quem trabalha e, em particular, para os jovens, que pretendem construir a sua vida cá.

Do outro lado, longe das dificuldades sentidas por quem, realmente, dá vida aos Açores, estão os lucros dos bancos.

São 12 milhões de euros todos os dias, conseguidos à custa do empobrecimento dos açorianos. Rui Teixeira afirmou que o problema se resolve aumentando de forma significativa a oferta de habitação pública, com preços comportáveis para os rendimentos das famílias.

Por outro lado, é essencial revogar a lei das rendas, que tem conduzido ao despejo de muitas famílias, e sobretudo que sejam os lucros dos bancos a pagar o aumento das prestações das casas.

A CDU tem apresentado propostas nesse sentido, sempre recusadas pelo PS e por toda a direita, numa autêntica coligação negativa para as famílias. O candidato da CDU chamou a atenção para o facto de que, quando os bancos têm prejuízos, são as contas públicas que os pagam, nomeadamente os impostos de quem trabalha; por outro lado, quando têm lucros, esses ficam para eles, e são pagos com as dificuldades das famílias!

A CDU compromete-se a que os seus deputados eleitos em 4 de fevereiro obriguem o governo regional a enfrentar o problema, apresentando as suas propostas. No imediato, urge aumentar a oferta pública de habitação, em todos os concelhos da Região, com custos que sejam suportáveis pelos orçamentos familiares.

É, também, urgente que sejam os bancos a suportar o aumento das prestações das casas. Para a CDU, a habitação é um direito essencial, que não pode ser condicionado pela ganância dos lucros crescentes nem pelo sempre invisível, mas sempre presente, mercado.

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