Nestes últimos tempos, têm crescido as preocupações com a estabilidade política do futuro governo. Sobre as possíveis convergências, a CDU tem respondido que serão eleitos 230 deputados e que o governo dependerá dos equilíbrios parlamentares. Como tem dito o Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, a convergência dependerá das políticas resolverem, ou não, os muitos e graves problemas que atravessamos! Dessa forma, assume que o voto útil é na CDU, porque nunca será desperdiçado…
Sobre isto, há três factos relevantes. O primeiro é que uma maioria absoluta não garante nem estabilidade, nem resposta aos problemas. Efetivamente, a atual maioria absoluta só trouxe instabilidade. Para os privilegiados do costume, lucros que são um insulto; para a maioria, só houve aumento do custo de vida e dificuldades crescentes.
O segundo facto é que os acordos escritos também não garantem estabilidade, como se pode ver no governo regional. A direita e a extrema direita estiveram mais preocupadas com as suas agendas particulares, quase sempre contrárias aos interesses da região.
Por fim, o período de maior estabilidade política e social foi entre as eleições de 2015 e de 2019, quando o PS se viu obrigado a convergir com a CDU, revertendo, em parte, a política antissocial que o PSD e o CDS tinham imposto, com o apoio das figuras que, hoje, estão na extrema direita. Foram aumentados os salários, devolvidos os feriados roubados, eliminados os cortes nos salários e nas pensões, acabaram os impostos extraordinários! Convergir assim vale a pena… Quando o PS achou que já não precisava desses acordos, depois do resultado das eleições de 2019 lhe ser favorável, foi o princípio do fim dessa convergência…
Por isso, como a nossa história recente demonstra, quanto mais força e mais deputados tiver a CDU, melhor estará a nossa vida! E os Açores podem dar um importante contributo para esta convergência positiva, com a eleição de candidatos da CDU, que serão hoje apresentados. Só assim será possível qualquer convergência que resulte em medidas positivas para aquela maioria que vê, todos os dias, mais injustiças e a sua a vida a andar para trás!