Os Açores são hoje uma região mais pobre e mais desigual do que quando o governo de direita tomou posse. O Bloco defende uma intervenção de proximidade, o reforço dos apoios sociais, o aumento dos salários e uma visão de futuro para transformar a economia da Região.
Numa visita à mercearia social e comunitária da Solidaried’Arte – um excelente exemplo de um trabalho de proximidade com poder de transformar a vida da comunidade – António Lima afirmou que “os Açores não podem estar condenados a ser a região mais pobre do país, temos que quebrar este ciclo e trabalhar para que os Açores ultrapassem este problema”.
É “extremamente preocupante e inacreditável” ver o presidente e o vice-presidente do governo, candidatos pela coligação, “a vangloriarem-se do seu trabalho na área social” quando o resultado da sua governação foi “uma região mais pobre, com maior risco de pobreza e maior desigualdade social do país” do que quando começaram, lamentou o coordenador do Bloco.
António Lima não percebe a satisfação da coligação com os seus resultados no combate à pobreza: “Se o número de famílias que recebe o RSI diminuiu ao mesmo tempo que a pobreza aumentou, isto significa que há mais gente sem apoio”.
Aliás, mesmo quem recebe o salário mínimo, que é o salário mais comum nos Açores, está mesmo no limite da pobreza: “ao mínimo problema na vida, como o aumento de juros da casa ou uma situação de desemprego, por exemplo, faz as pessoas caírem numa situação de pobreza”.
Por isso, é fundamental aumentar o salário mínimo, mas também os salários médios.
A juntar a isso, “os apoios sociais devem ser reforçados para quem está sem rede, sem qualquer tipo de apoio ou com um apoio muito residual, principalmente para dar resposta aos casos de pobreza infantil, que é um problema gravíssimo”, alerta António Lima.
Para o futuro, o combate à pobreza tem que passar pela transformação da economia, “que não pode estar totalmente dependente de setores de baixo valor acrescentado, para que haja salários mais altos”.