O Presidente do PS/Açores, Francisco César, manifestou, esta quarta-feira, a sua preocupação relativamente à possibilidade de a Caixa Geral de Depósitos (CGD) reduzir os seus serviços na Região Autónoma dos Açores. César alertou que tal decisão, a confirmar-se, representaria um “retrocesso na coesão territorial do país”.

Considerando a CGD como uma das instituições financeiras mais importantes do sistema bancário nacional, Francisco César sublinhou que “o Governo e, sobretudo, o Ministério das Finanças, não podem desresponsabilizar-se deste assunto”. O líder socialista lembrou que, por ser um banco público, a CGD tem uma função social e territorial que exige a manutenção de serviços essenciais às populações, especialmente nas áreas com menor densidade populacional.

César referiu que a CGD, apesar de ter registado lucros significativos de 1291 milhões de euros em 2023 e 889 milhões de euros no primeiro semestre de 2024, planeia reduzir o tamanho de dezenas de agências e limitar os seus serviços, com impacto direto nas populações mais vulneráveis, como os idosos e os que possuem menor literacia financeira e digital.

O Presidente do PS/Açores mencionou ainda o alerta da Comissão de Trabalhadores da CGD sobre a degradação do serviço público, apontando o encerramento de tesourarias em várias agências como uma das principais preocupações, o que poderá afetar gravemente as populações, as empresas e até os serviços do Estado.

Francisco César questionou diretamente o Ministro das Finanças sobre as medidas que o Governo tomará para garantir a salvaguarda das necessidades das populações afetadas, perguntando ainda se as autarquias locais foram consultadas sobre as reduções planeadas.

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