O Presidente do Município, Pedro Nascimento Cabral, afirmou, hoje, no Teatro Micaelense, que Ponta Delgada ocupa um papel central e é pioneira na implementação de várias políticas de sustentabilidade e de ação climática nos Açores.
“Temos revolucionado a nossa ação governativa na preservação ambiental e na coesão social, cujos efeitos já se fazem sentir na qualidade de vida das pessoas. Podemos dizer que somos e estamos a ser pioneiros na implementação de medidas de sustentabilidade e de ação climática nos Açores”, frisou o autarca.
Pedro Nascimento Cabral falava na sessão de apresentação do Sustentável 2030 – Programa para a Ação Climática e Sustentabilidade para a Região Autónoma dos Açores, que teve a presença da Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e do Presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro.
Na ocasião, o autarca salientou que Ponta Delgada está “profundamente comprometida em atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável até 2030”, o que se reflete nos vários compromissos assumidos pela autarquia ao nível da proteção e preservação ambiental.
Pedro Nascimento Cabral lembrou, por isso, que, já este ano, a autarquia formalizou a adesão de Ponta Delgada ao Conselho Climático Transatlântico e aprovou, de forma pioneira na Região, um Plano Municipal de Ação Climática (PMAC).
“São objetivos do nosso PMAC o aumento do Conhecimento Climático, considerando a grande importância de se compreenderem os riscos climáticos no nosso território municipal”, adiantou, deixando como exemplo a maior “frequência e gravidade” com que o município tem vindo a ser assolado por intempéries.
“No último inverno, durante os meses de Novembro de 2023, Dezembro de 2023 e Janeiro de 2024, o concelho de Ponta Delgada foi fustigado por mar revolto e intensas chuvas que provocaram inúmeras e gravíssimas derrocadas em várias freguesias, como os Remédios da Bretanha, Ajuda da Bretanha, Capelas, Arrifes, Candelária, Ginetes, Mosteiros, para só referir as mais graves, das nossas 24 freguesias, originando sérios impactos na nossa coesão territorial e social, dados os avultados prejuízos materiais em imensas habitações e, claro, nos fortes danos nas vias municipais existentes no interior das referidas freguesias e no acesso às mesmas, que, tudo junto, totalizaram um prejuízo na ordem dos 12 milhões de euros”, fez saber o Presidente do Município, indicando que o município conta com o Governo Regional para reparar os danos registados.
“É deveras um montante avultado, que motivou, inclusive, uma carta de auxílio público, subscrita por mim ao Sr. Presidente do Governo dos Açores, montante este que, enquanto não tiver a devida resposta – positiva, espero eu – está a ser suportado pelo município de Ponta Delgada, com sacrifício de outros investimentos, para fazer face à imediata segurança e bem-estar das populações no nosso concelho, pelo que, ainda, trabalhamos arduamente, no sentido de resolver todas as situações decorrentes das últimAs intempéries invernais, quando o receio do próximo inverno já está aí à porta”, alertou.
Pedro Nascimento Cabral quis, depois, dar nota que o concelho de Ponta Delgada tem vindo a combater as alterações climatéricas com “ações muito concretas” nas áreas da mobilidade, transportes e inovação.
Destacou, nesse âmbito, o encerramento de várias artérias citadinas do centro da cidade ao trânsito automóvel, a introdução de veículos elétricos na rede de transportes urbanos e o investimento realizado em soluções de mobilidade inteligente e na modernização digital do comércio local.
Ainda antes de terminar, o Presidente da Câmara Municipal realçou o empenho que está a ser colocado pela autarquia no sentido de afirmar Ponta Delgada como uma verdadeira cidade inteligente e para garantir a aceleração e transição digital das empresas locais.
“Estamos a trabalhar junto do nosso tecido empresarial para que esteja preparado para ultrapassar os desafios que a próxima década vai trazer, na implementação de um Bairro Comercial Digital no centro de Ponta Delgada, com impacto positivo no combate à crise energética, promovendo a sua eficiência, a mobilidade sustentável e as práticas de consumo consciente”, disse.
Por fim, Pedro Nascimento Cabral defendeu que o combate às alterações climáticas e aos seus efeitos deve ser “causa de união e de solidariedade entre todos”, incluindo-se, obviamente, o Governo Regional dos Açores e o Governo Central.