A recém-eleita presidente do Conselho Económico e Social dos Açores (CESA), Piedade Lalanda, disse hoje num comunicado que foi “com muita honra” que aceitou aquele cargo.

“É (…) com muita honra que aceitei ser indigitada e eleita pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, para o lugar de presidente do Conselho Económico e Social dos Açores (CESA)”, afirmou a professora universitária e membro dos anteriores governos regionais socialistas.

Em nota enviada aos média, a também ex-deputada socialista refere que, sendo o CESA “um órgão de conciliação, concertação e diálogo”, acredita que poderá dar o seu contributo, “congregando as diferentes entidades, organizações e, sobretudo, sensibilidades e posições da sociedade açoriana”.

Piedade Lalanda foi hoje eleita presidente do CESA, em votação realizada no plenário do parlamento regional, na cidade da Horta, na ilha do Faial.

A socialista, que vai suceder no cargo ao economista Gualter Furtado, foi eleita com 45 votos a favor, oito contra e duas abstenções.

Referindo-se a Gualter Furtado, a nova presidente do CESA disse que o seu antecessor tem uma “importância incontornável como primeiro presidente deste Conselho, que criou e implementou uma estrutura sólida e reconhecida”.

No comunicado, Piedade Lalanda disse ainda estar em causa “o bem comum dos açorianos”, o “desenvolvimento coeso, integrado e sustentável” dos Açores, a par da “defesa dos interesses duma região ultraperiférica que está no centro do Atlântico”.

Hoje, foram também eleitos os representantes da Região Autónoma dos Açores no CESA João Teixeira, Anabela Borba, Mário Maciel e Eunice Melo.

O líder social-democrata açoriano, José Manuel Bolieiro, anunciou na terça feira que Piedade Lalanda iria ser proposta para presidente do CESA.

Segundo o também presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), o nome de Piedade Lalanda foi consensualizado entre PSD e PS.

“Foi sempre meu entendimento e profunda convicção (…) que um órgão com estas características de concertação e diálogo deveria ser, no quadro da nossa autonomia democrática, entregue para uma indicação de nomes possíveis, para consensualizar com a liderança da oposição”, declarou, na altura, Bolieiro aos jornalistas, na Horta, ilha do Faial, após um encontro com o líder do PS, Francisco César.

O CESA é “um órgão colegial independente, de caráter consultivo, que tem por objetivo fomentar o diálogo entre o poder político e a sociedade civil, fruto de um processo de diálogo e concertação dos parceiros sociais com o Governo dos Açores”.

Acompanha e aconselha em matérias de caráter económico, laboral, social e ambiental e cabe-lhe “pronunciar-se sobre anteprojetos e projetos de planos de desenvolvimento económico, social e ambiental, designadamente o plano regional e o orçamento, bem como sobre os relatórios da respetiva execução, mas também sobre as políticas económica, laboral, social e ambiental, entre outras”, segundo informação do executivo regional açoriano.

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