O líder do PSD/Açores e do governo açoriano, José Manuel Bolieiro, defendeu hoje que os resultados das eleições da Madeira exigem “responsabilidade política” e confirmam o “bem-fazer” de Miguel Albuquerque à frente do executivo madeirense.

“Há efetivamente um reconhecimento da população de que a capacidade do doutor Miguel Albuquerque e do PSD na Madeira face ao seu principal adversário, que é o PS, é muito superior”, declarou José Manuel Bolieiro.

E prosseguiu: “Por isso não houve a afirmação de uma alternativa. Houve sim a confirmação do bem-fazer com que o PSD e o doutor Miguel Albuquerque têm-se apresentado a governar a Madeira”.

O líder do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) falava aos jornalistas na Casa Museu Cunha da Silveira, à margem de uma reunião com a Câmara Municipal das Velas, na ilha de São Jorge.

Instado a comentar os resultados eleitorais na Madeira, Bolieiro considerou Albuquerque um “companheiro” e destacou a dificuldade da vitória do PSD nas eleições de domingo.

“Há que reconhecer que era um desafio muito difícil tendo em conta a realidade política da Madeira o tempo de permanência no poder. Às vezes na democracia o valor da alternância democrática também tem o seu peso”.

O presidente do governo açoriano evocou a sua “própria experiência de ser uma referência de estabilidade governativa” para alertar que é “essencial viabilizar a governação da Madeira, do país e dos Açores”.

“O contexto da configuração parlamentar tem exigência para todos. [É preciso] responsabilidade política para garantir uma solução de governabilidade e estabilidade que ajude a fazer uma governação de desenvolvimento”, advogou.

No domingo, o PSD de Miguel Albuquerque (presidente do executivo madeirense desde 2015) voltou a vencer as legislativas regionais e elegeu 19 deputados, afirmando-se disponível para assegurar um “governo de estabilidade”, mas o PS considerou haver margem para construir uma alternativa.

Os socialistas, principal força da oposição, mantiveram os 11 assentos parlamentares do mandato anterior e o JPP, terceira força política na região, aumentou a sua bancada de cinco para nove elementos.

O Chega elegeu quatro deputados, o CDS-PP dois e a IL e o PAN um deputado cada.

A direita – PSD, Chega, CDS e IL – consegue somar 26 lugares, a que se poderia juntar ainda o do PAN, mas os partidos declararam ter reservas sobre entendimentos com os sociais-democratas.

Hoje, PS e o JPP anunciaram que vão apresentar ao representante da República na Madeira “uma solução de governo conjunta” no arquipélago, anunciaram as estruturas regionais dos partidos, que somam 20 deputados, aquém dos 24 necessários para a maioria absoluta.

 

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