O secretário-geral do CDS-PP/Açores, Pedro Pinto, defendeu hoje a necessidade de ter uma atenção” redobrada com a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e não “perder a oportunidade” para a região.
Pedro Pinto considerou como uma das prioridades do investimento governamental em 2025 deve ser dar uma “atenção redobrada” à execução do PRR, uma vez que é “fundamental não perder esta oportunidade para a economia dos Açores”.
O dirigente centrista foi recebido hoje pelo presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, no quadro das audiências aos partidos políticos no âmbito da auscultação das antepropostas de Plano e Orçamento para 2025.
Pedro Pinto apontou como outras das prioridades do CDS-PP, a necessidade de investir nos hospitais e centros de saúde dos Açores do Serviço Regional de Saúde (SRS), que foi alvo em maio de um incêndio no Hospital do Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, e que obrigou a deslocalizar doentes e serviços.
“A saúde é fundamental para o dia-a-dia dos açorianos. Não podemos descurar o investimento nos restantes hospitais”, afirmou Pedro Pinto.
De acordo com o dirigente do CDS-PP, os Açores não podem ficar “dependentes apenas de um hospital”, uma vez que a região está sujeita a intempéries e o SRS está disperso por várias ilhas.
O dirigente frisou que, durante o incêndio no HDES, as unidades de saúde de ilha “comprovaram a sua mais valia” e “desempenharam esse papel muito bem”.
Pedro Pinto ressalvou que já se procedeu à revalorização das carreiras dos profissionais do SRS e agora há que investir nos restantes hospitais e centros de saúde.
O secretário-geral do CDS-PP/Açores referiu, por outro lado, que as contas da região “sempre preocuparam” o partido e lamentou que o anterior governo socialista na República tenha “optado por estrangular as contas regionais dos Açores”, como aconteceu com as verbas do furacão Lorenzo, o que obrigou o Governo Regional a disponibilizar verbas do orçamento regional.
Pedro Pinto frisou que há um “atraso de cerca de 60 milhões ainda por regularizar”.
Acresce o facto de o Governo da República não ter transferido para a SATA as verbas relativas à prestação do serviço público, segundo Pedro Pinto.
O dirigente referiu que há a “preocupação de pôr a República a pagar o que é da sua responsabilidade”, o que irá permitir aos Açores “desbloquear muito pagamento que está pendente”.
O responsável político defendeu, ainda, a necessidade de “convencer a República assumir encargos com custos de serviços na região” em áreas como a saúde e educação.
O executivo saído das eleições legislativa antecipadas de 04 de fevereiro Governa a região sem maioria absoluta no parlamento açoriano e, por isso, necessita do apoio de outro partido ou partidos com assento parlamentar para aprovar as suas propostas.
No sufrágio de fevereiro, PSD, CDS-PP e PPM elegeram 26 deputados, ficando a três da maioria absoluta. O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido do Chega, com cinco. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.