O Governo dos Açores vai criar um passaporte regional de qualificações através de uma aplicação digital em que os utilizadores vão poder registar as suas formações, certificações e competências, anunciou hoje o executivo.

De acordo com a secretária regional da Juventude, Habitação e Emprego, Maria João Carreiro, pretende-se promover na aplicação digital um “ecossistema de trabalhadores qualificados em rede com as empresas”.

Maria João Carreiro, que falava na abertura da conferência “Capacitar os Açores para o Futuro: O Impacto das Novas Tecnologias nas Profissões”, na Praia da Vitória, na ilha Terceira, referiu que o objetivo é “aproximar talentos, oportunidades e objetivos quer dos trabalhadores, quer das empresas, agregando numa base de dados inovadora nos Açores o registo do percurso formativo dos utilizadores”.

A titular da pasta do Emprego, citada em nota de imprensa, especificou que a aplicação, gratuita, deverá ser lançada no terceiro trimestre deste ano.

Os utilizadores vão poder registar as suas qualificações, formações, certificações e competências para a gestão pessoal e profissional da sua carreira, mas também na perspetiva da aproximação e da criação de sinergias com as empresas.

Maria João Carreiro referiu que “cada vez mais as competências, incluindo as digitais, e a especialização afirmam e diferenciam os trabalhadores nas empresas e no mercado de trabalho”.

O Governo dos Açores está a “sinalizar os desafios e a estimular as oportunidades através de políticas públicas para acelerar respostas comuns”, como é o caso da Agenda Regional para a Qualificação Profissional, lançada em fevereiro de 2022, para ser executada num horizonte temporal de uma década, até 2030.

A secretária regional apontou como metas alcançadas “o sucessivo aumento do número de novos cursos e de alunos nas escolas profissionais, a maior visibilidade do ensino profissional nas escolas profissionais, bem como o reforço da confiança dos jovens e dos encarregados de educação nesta via de ensino profissionalizante”.

A governante valorizou ainda o facto de os açorianos “terem hoje mais possibilidades de formação e requalificação”, com impacto na proteção do emprego, na reintegração no mercado de trabalho e na estabilidade laboral.

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