Assim vai a vida para os lados do PS/Açores. Já perdi a conta aos erros cometidos. É claro que a ausência de uma liderança ajuda a explicar os erros mais recentes, mas devia existir mais alguns adultos na sala. O tempo que estamos a viver exige, mais do que nunca, que se coloque os superiores interesses da Região acima de qualquer eventual (e muito pequenino!) ganho político. Refiro-me, obviamente, ao incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo e às consequências, de Santa Maria ao Corvo, da sua inatividade. O PS/Açores, mais uma vez, não percebeu de imediato aquilo que estava à frente dos olhos de todos, e decidiu vir a terreiro, na abertura das jornadas parlamentares, através do Vice-Presidente do Grupo Parlamentar e futuro eurodeputado, André Rodrigues, anunciar o voto contra o Plano e Orçamento de 2024. As propostas, segundo foi dito, são iguais aos documentos rejeitados em novembro de 2023; não respondem aos problemas do presente e não preparam a Região para o futuro. Ironicamente, falou em equívocos e erros.

E por falar em erros, no dia seguinte, o Deputado Carlos Silva veio a público corrigir o erro cometido na véspera. A correção surgiu nos seguintes termos: “Obviamente que nós não ignoramos o que aconteceu no último sábado no Hospital do Divino Espírito Santo e que merece da nossa parte também um compromisso, uma resposta, uma solidariedade. (…) o PS está disponível para o diálogo e aberto a ser parte da solução. (…)  o assunto [orçamento 2024] está em aberto até ao dia da votação.” Ora, se esta retificação do erro inicial é de saudar, o mesmo já não se pode dizer da ação política dos minutos seguintes. O PS, novamente pelo Deputado Carlos Silva, decidiu ser o timing certo para dar eco a “rumores”. “Rumores sobre alertas que existiam nos últimos meses para problemas de manutenção ou falta de manutenção”. Por isso, defendeu o acesso à informação disponível, seja um relatório preliminar ou relatório técnico. Como seria de esperar, tamanho erro de comunicação e não só, não tardou pela resposta. Resposta que foi dada pelo Presidente do Governo, que aproveitou a deixa para dizer o óbvio: a investigação está em curso e através das entidades competentes e o governo está preocupado é com os doentes e as suas famílias. Esta preocupação não é, obviamente, exclusiva do Governo. O PS, bem como todos os demais partidos, também partilha da mesma. Tenho a certeza disto! Mas, na política, a comunicação é fundamental. Numa situação de catástrofe, como a ocorrida, a mensagem é (ou devia ser) unicamente focada no essencial. Infelizmente, nem todos cumpriram esta regra básica! A terminar, não posso deixar de expressar publicamente a minha gratidão e agradecimento a todos os Bombeiros, Forças de Segurança, Profissionais de Saúde e Entidades Públicas e Privadas que desde a manhã de sábado tudo têm feito para responder da melhor e mais célere forma a um terrível acontecimento que a todos nós afeta. Bem hajam!

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