O vice-presidente do Governo Regional dos Açores solicitou hoje ao Governo da República a “criação urgente” de um grupo de trabalho para analisar “a solução técnica mais adequada” para a substituição dos cabos submarinos interilhas, anunciou o executivo.

Segundo uma nota do pelo executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) divulgada hoje, numa carta dirigida ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, o vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, “solicitou a criação urgente de um grupo de trabalho com o objetivo de analisar a solução técnica mais adequada para a substituição célere dos cabos submarinos interilhas, à semelhança do que foi criado para o processo de substituição do anel CAM [Continente – Açores – Madeira]”.

“Este é um assunto prioritário para o Governo dos Açores em matéria de comunicações e muito relevante para catapultar o desenvolvimento regional para novos patamares”, considera Artur Lima, citado no comunicado.

Na missiva enviada a Miguel Pinto Luz é sugerido pelo governante açoriano que o grupo de trabalho seja presidido pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) e possa integrar representantes do Ministério das Infraestruturas, do Governo dos Açores e da IP-Telecom, “sendo que o seu mandato de atuação não deve ser superior a seis meses”.

Artur Lima defende ainda que, em termos de objetivos, “este grupo de trabalho deverá propor uma solução que permita que a conectividade se faça de acordo com o melhor estado da arte e uma calendarização para a renovação do sistema de cabos com estimativa de custos, bem como ponderar a utilização desse sistema para suporte de tráfego associado a projetos científicos”.

O “atingimento da obsolescência do anel interilhas de cabos submarinos de fibra ótica, infraestrutura responsável pela ligação das ilhas de Santa Maria, Terceira, Faial, Pico, São Jorge e Graciosa às ilhas do Corvo e das Flores e à ilha de São Miguel e, por essa via, responsável pela conectividade digital destas oito ilhas ao continente português e ao resto do mundo” e a apresentação de “algumas debilidades que fazem temer pela continuidade e qualidade do importante serviço de conectividade digital que suporta”, são razões que justificam o avanço célere do processo.

O vice-presidente do executivo açoriano lembra ainda que cabe ao Governo da República cumprir as suas “competências constitucionalmente previstas de promoção da coesão económica e social de todo o território nacional e promoção da correção das desigualdades derivadas da insularidade das regiões autónomas”.

 

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