A Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, afirmou, esta semana, em Rabo de Peixe, que a elevação desta freguesia do concelho da Ribeira Grande a vila “foi o testemunho do espírito comunitário, da determinação e de compromisso com o futuro”.

Rabo de Peixe foi elevada a vila a 25 de abril de 2004 e, 20 anos depois, celebram-se “oportunidades e desafios”.

“Celebramos cada homem, mulher e criança que contribui diariamente para o bem-estar desta comunidade. E celebramos também a capacidade de sonhar e de alcançar esses sonhos”, disse Berta Cabral, que falava, em representação do Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, na sessão comemorativa desta efeméride, no Auditório da Escola Dr. Ruy Galvão de Carvalho.

Berta Cabral considerou que a celebração desta data serve para “partilhar um momento que não só reflete o crescimento e o desenvolvimento deste território, mas também a reafirmação de uma identidade única e o enorme potencial ilimitado de que está munida”.

“Duas décadas depois da elevação a vila, reconhecemos as potencialidades e validamos as virtualidades sociais, económicas e turísticas de Rabo de Peixe”, sublinhou a governante, defendendo a necessidade de “alavancar o fortalecimento da coesão, potenciar o investimento privado em torno de setores de atividade determinantes e inspirar as novas gerações a criar e conceber em benefício da sua comunidade”.

A Secretária Regional afirmou que, nos 20 anos de vila de Rabo de Peixe e nos cinquenta anos de democracia, “o 25 de Abril não foi, nem é, apenas uma data ou um evento isolado na História de Portugal”.

E lembrou: “foi o início de uma nova era, um movimento de mudança profunda que redefiniu o nosso país, a nossa sociedade e a nossa forma de governar”.

“Com o advento da democracia portuguesa, demos o avanço determinante para a verdadeira instalação da autonomia política e democrática, que foi um verdadeiro marco histórico da instauração do autogoverno dos Açores”, disse, adiantando: “foi contando com uma geração de políticos de ouro, que bem soube interpretar as virtudes da revolução democrática do país, e melhor soube concretizar um inovador modelo de autonomia política, que os açorianos transformaram em desígnio nacional, constitucionalmente consagrado, aquela que foi sempre a sua reivindicação”.

A autonomia foi conquistada com o 25 de Abril, adiantou, mas também o foi o poder local democrático, um dos pilares fundamentais de governança.

“Ao longo destes 50 anos, temos visto a capacidade desse poder em transformar realidades, reduzir assimetrias e fomentar a inclusão. E aqui, na aniversariante vila de Rabo de Peixe, podemos conferir estas evidências”, sustentou Berta Cabral.

“Em nome do Governo dos Açores, manifestamos o nosso reconhecimento a todos os que, nas Câmaras e nas juntas de freguesia, fizeram e fazem da democracia não apenas um ideal, mas uma prática constante. O sonho de uma região, de uma ilha, ou de um concelho livre e democrático é indissociável da ambição de uma sociedade mais desenvolvida e mais justa”, prosseguiu.

Segundo Berta Cabral, “festejar abril nos Açores é, por isso, festejar a Autonomia que a Constituição de 76 firmou como o regime que reconhece aos açorianos, dentro do quadro nacional, o direito a governarem a sua terra. Também por isso, se justificará o apreço que o povo açoriano deve ter e tem pela revolução de abril”.

PUB