O presidente da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais defendeu hoje a necessidade de os Açores integrarem a carreira única de bombeiros em todo o país, para evitar processos a “duas velocidades”.
Em declarações à Lusa, Fernando Curto disse que “não se quer bombeiros profissionais a duas velocidades”.
O responsável falava antes do início da 3.ª edição do Encontro Regional de Bombeiros dos Açores, organizado pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, a decorrer a partir de hoje na ilha do Pico.
“Temos que ter uma carreira que nos permita responder com eficácia e prontidão enorme em relação ao risco da vida e haveres das populações”, afirmou Fernando Curto.
O dirigente reiterou a necessidade de os bombeiros dos Açores beneficiarem de um subsídio de risco, tema que será também abordado no encontro na ilha do Pico.
O evento congrega bombeiros profissionais das diversas corporações dos Açores, destacando a organização, entre os principais temas em debate, o estatuto dos bombeiros profissionais e as condições de trabalho, a atribuição do subsídio de risco e o financiamento das associações.
O PAN/Açores entregou em 08 de abril, na Assembleia Legislativa Regional, um documento que visa a criação do Estatuto dos Bombeiros Profissionais dos Açores para que a profissão seja “mais atrativa e respeitada”.
Segundo um comunicado do PAN, emitido na altura, a proposta visa o reconhecimento oficial da profissão de bombeiro “como uma profissão de risco e desgaste rápido, impondo o pagamento de um suplemento remuneratório pelo respetivo risco, bem como a antecipação da idade da reforma”.