A empresa açoriana Atlânticoline disse hoje esperar que o “princípio de entendimento” com o Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca resulte “num acordo formalizado” e ponha fim à greve de mais de um mês.

Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a Atlânticoline indicou que, devido à greve iniciada em 07 de março, entre os dias 15 e 21 de abril, “foram canceladas 16 viagens”.

Ainda de acordo com a nota, na sexta-feira, decorreu uma “reunião de conciliação” entre a empresa e o Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca (SIMAMEVIP), que foi mediada pela Direção de Serviços do Trabalho.

“Nesta reunião, foi possível chegar a um princípio de entendimento, tendo o sindicato informado de que teria de levar a proposta acordada por ambas as partes a um plenário de trabalhadores”, indica a empresa, acrescentando que “aguarda que o resultado desse plenário lhe seja comunicado”.

A empresa refere ainda esperar que “este princípio de entendimento se traduza num acordo formalizado que permita colocar fim à greve e aos seus nefastos constrangimentos para a população do Triângulo [ilhas do Faial, Pico e São Jorge]”.

A greve começou em 07 de março e chegou a ser suspensa menos de duas semanas depois, no dia 19, devido às negociações entre o sindicato e a administração.

A paralisação foi, contudo, depois retomada e está agora marcada por tempo indeterminado.

O sindicato reivindica aumentos salariais de 15% para os “maquinistas de primeira”, valor que a administração da empresa considera financeiramente incomportável.

A Atlânticoline transporta anualmente quase meio milhão de passageiros e cerca de 30 mil viaturas, sobretudo entre as ilhas do Triângulo (Faial, Pico e São Jorge), onde opera todo o ano, com recurso a quatro embarcações (dois navios e dois ferries).

 

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