O líder parlamentar do PSD/Açores defendeu este domingo a continuidade do trabalho conjunto com a Madeira, “na defesa das Autonomias”, em ações concretas como a Revisão da Lei das Finanças Regionais, a Lei do Mar ou uma “necessária Revisão Constitucional, em prol de ambos os arquipélagos”.
João Bruto da Costa falava na sessão de encerramento do 19º Congresso Regional do PSD/Madeira, onde destacou “a forma como nós [PSD] lutamos pelas autonomias”, sendo que “outros nos querem divididos nesse trabalho”, alertou, enaltecendo “a consistência das políticas e da governação que, quer Miguel Albuquerque, quer José Manuel Bolieiro, têm oferecido ao futuro das duas regiões”.
O social-democrata referiu-se à “necessidade de combater os centralistas que existem em Lisboa, aqueles velhos do Restelo que, e vimos isso nos últimos anos, tanto têm prejudicado os Açores, através de uma governação revanchista e contra as Autonomias. E também o fizeram com a Madeira, apenas porque o povo das nossas ilhas quis diferente e não escolheu o socialismo para as governar”.
Uma realidade política, “que já levou a trabalho conjunto de ambos os governos, desde que foi implementada esta mudança que estamos a fazer nos Açores, por exemplo para a Revisão da Lei das Finanças Regionais, numa ação tão importante para que haja equidade, estabilidade e objetividade nas relações do Estado com as regiões autónomas”, avançou.
“Só em conjunto, e com força, é que podemos trabalhar, para que realmente a Madeira e os Açores beneficiem de direitos que são seus, e que o Estado não pode fazer de conta que não vê”, disse Bruto da Costa.
Segundo o líder da bancada do PSD no Parlamento açoriano, “há um verdadeiro atentado a esses direitos, que tem a ver com a gestão conjunta deste mar que nos abraça e que nos une, e que o Estado insiste em não reconhecer e assumir, como reiteradamente vai acontecendo no processo da Lei do Mar”.
Daí que, “numa visão de continuidade, vamos, através dos nossos grupos parlamentares, prosseguir na defesa de uma Revisão Constitucional para as Autonomias, porque a lei fundamental do país não pode estar atrasada face ao desenvolvimento que essas Autonomias têm trazido às nossas populações”.
Na sua intervenção, João Bruto da Costa lembrou que “os açorianos sabem bem o que é serem governados pelo PS pois, durante duas décadas, foi essa governação que impediu o desenvolvimento e promoveu o atraso do arquipélago”.
O social-democrata considerou que “a única alternativa que existe para a Madeira é o PSD continuar a governar”, já que a experiência do socialismo “é algo que não deve voltar aos Açores, nem a nenhuma outra parte do país, muito menos vingar na Madeira, onde o PSD tem conseguido mudar a face das nossas Autonomias para melhor. E com provas dadas, tanto ao nível do desenvolvimento e investimento, quanto do ponto de vista social”, concluiu.