A coligação PSD/CDS na Madeira continua a força política mais votada nas legislativas de domingo na região, com três deputados, o PS perdeu um lugar e o Chega assegurou pela primeira vez um representante.

O círculo eleitoral da Madeira elege seis deputados e na última legislatura o PSD/CDS e o PS dividiram os lugares com três eleitos cada.

O PSD/Madeira, que sempre concorreu sozinho neste tipo de ato eleitoral ao longo da sua história, decidiu repetir a coligação com o CDS-PP (Madeira Primeiro) das nacionais de 2022 e obteve hoje, segundo os dados provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, um total de 52.992 votos (35,38%)

Esta coligação, que em 2022 reuniu 50.636 votos (40,82%), venceu em 10 dos 11 concelhos, caso do Funchal, o mais populoso da Madeira, onde ganhou em todas as 10 freguesias. O PS apenas foi o partido mais votado em Machico, município que governa.

A coligação PSD/CDS renovou a sua lista de candidatos para São Bento e conseguiu eleger Pedro Coelho (presidente do município de Câmara de Lobos), a advogada, ex-presidente do conselho regional da Madeira da Ordem dos Advogados e membro do grupo VITA que acompanha abusadores sexuais da Igreja e de apoio às vítimas, Paula Margarido.

Também volta à bancada do PSD o professor e ex-jornalista Paulo Neves, que já foi deputado na Assembleia da República (2015-2022).

Quanto ao PS, foi o segundo partido mais votado em quatro concelhos (Porto Moniz, Santana, Ponta do Sol e Porto Santo) e foi ultrapassado pelo Chega em São Vicente, Calheta, Ribeira Brava e Câmara de Lobos.

Os socialistas, com 29.723 votos (19,84%) garantiu a eleição do seu líder regional, Paulo Cafôfo, que foi presidente da Câmara do Funchal e exerceu o cargo de secretário de Estado das Comunidades do Governo da República demissionário liderado por António Costa. O socialista Miguel Iglésias foi também reeleito.

Por seu turno, o Juntos Pelo Povo (JPP) que governa o município de Santa Cruz, concelho onde surgiu como movimento de cidadãos, subiu a sua votação, passando de 8.722 votos (7,03%) (2022) para 14.344 votos (9,58%), mas falhou mais uma vez o objetivo de eleger um deputado para ser “uma voz diferente e genuína” na República.

O JPP foi também ultrapassado pelo Chega que se tornou o terceiro partido mais votado no arquipélago.

A Iniciativa Liberal (IL) obteve 5.827 votos (3,89%), seguindo-se o BE 4.404 votos(2,94%), o PAN 3.127 votos (2.09%), o PCP 2.429 votos (1,62%).

Nas eleições de hoje, o círculo eleitoral da Madeira, tinha inscritos 254.502 eleitores recenseados para eleger seis deputados escolhidos 17 partidos e/ou coligações concorrentes às legislativas antecipadas.

Foram a votos pelo circulo da Região Autónoma da Madeira Movimento Alternativa Socialista (MAS), MPT – Partido da Terra, JPP, Alternativa Democrática Nacional (ADN), PSD/CDS-PP, PTP, RIR, Ergue-te, Bloco de Esquerda, CDU (coligação PCP/PEV), Iniciativa Liberal, PS, Livre, PPM, PAN e Chega.

A redução da abstenção é outro marco deste ato eleitoral no arquipélago, visto que, em 2022, foi de 49,89% e hoje, de acordo com os dados provisórios, situou-se nos 41,15%.

 

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