O líder do CDS-PP, Nuno Melo, considerou hoje que a “grande vitória” alcançada pela coligação PSD/CDS-PP/PPM nas eleições regionais dos Açores são um “grande estímulo” para as legislativas de março.
“A coligação de direita nos Açores AD [Aliança Democrática] alcançou uma grande vitória e passou a primeira força política. Quero saudar o PSD e o CDS Açores nas pessoas do José Manuel Bolieiro [PSD] e do Artur Lima [CDS-PP]”, afirmou Nuno Melo na sede do CDS-PP de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.
Reagindo à vitória da coligação PSD/CDS/PPM nas eleições antecipadas açorianas, o centrista referiu que estas eleições são um “estímulo muito grande” para o que vai acontecer nas legislativas de 10 de março.
A coligação PSD/CDS/PPM venceu hoje as eleições legislativas açorianas, mas ficou a três deputados da maioria absoluta, num sufrágio que deixou o parlamento regional com as mesmas oito forças políticas.
Nuno Melo realçou que a AD cresceu mais do que o somatório dos votos dos dois partidos nas últimas eleições de 2020 e mais do que qualquer outra força política, o que permite concluir que a coligação é um projeto para o país que agrega e soma muito para além da realidade dos partidos.
“A Aliança Democrática está profundamente motivada com aquilo que sucedeu nos Açores e acreditamos que terá tradução também nas próximas eleições legislativas e europeias”, sublinhou.
Segundo o líder do CDS-PP, a esquerda, em particular o PS, sofreram uma derrota muito significativa o que permite concluir que as sondagens não vencem eleições.
E acrescentou: “O que vence eleições são os projetos políticos, são as propostas, são as ideias e são os protagonistas e, mais uma vez, isso ficou nítido também nos Açores”.
Para o centrista ficou claro que “só concentrando os votos na AD” é que é possível garantir uma alternativa que é credível, estável e experimentada ao PS.
Dizendo que Portugal precisa de credibilidade e de mudança, muito mais do que protestos, Nuno Melo ressalvou que o crescimento dos populismos só favorece o PS.
Questionado sobre a necessidade de recorrer ao Chega para conseguir uma solução governativa, Nuno Melo recusou tecer comentários.
“Não me peça para comentar o Chega porque isso não me interessa nada”, concluiu.
De acordo com os dados provisórios disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a coligação PSD/CDS/PPM, que governa a região desde 2020, conseguiu 42,08% dos votos e 26 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 57 deputados.
Em 2020, o PS venceu, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita, suportada por uma maioria de 29 deputados após assinar acordos de incidência parlamentar com o Chega e a IL (que o rompeu em 2023). PS, BE e PAN tiveram, no total, 28 mandatos.
Nas eleições regionais existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo regional de compensação, reunindo este os votos que não forem aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.