O líder do Chega/Açores disse hoje acreditar que em 04 de fevereiro, dia das eleições regionais antecipadas, o partido será “a surpresa da noite”, porque vai alcançar um “excelente resultado” eleitoral.

“Acredito que, no dia 04, vamos ser a surpresa da noite. Não um bom resultado, mas com um excelente resultado”, afirmou José Pacheco, em declarações à agência Lusa por telefone.

O candidato pela ilha de São Miguel e pelo círculo da compensação reiterou o objetivo do Chega/Açores em eleger um grupo parlamentar nas eleições.

“Não gosto de estar a quantificar. Deixo isso sempre nas mãos dos eleitores, do povo açoriano. Mas, no mínimo quatro e talvez no máximo sete a oito deputados, matematicamente é o possível”, sustentou, quando questionado pela Lusa sobre a meta do partido para as eleições nos Açores.

Em campanha pela ilha de Santa Maria, o cabeça de lista, que foi eleito deputado nas regionais de 2020, voltou a alertar para os problemas que os marienses enfrentam.

“Temos vindo várias vezes a Santa Maria e temos detetado uma série de situações que temos denunciado e que não têm sido resolvidas”, sustentou José Pacheco, reafirmando a necessidade de potenciar produtos como a carne de borrego, que “deveria ser certificada”, e a meloa.

No entender do candidato, a ilha de Santa Maria “está deprimida economicamente” e “não precisa de promessas vãs de Centros Aeroespaciais”.

“Precisa de coisas reais e a carne de borrego podia ser uma mais valia para esta ilha que tem criação de ovelhas e, a partir, daí potenciar as exportações”, defendeu José Pacheco, para quem as ligações marítimas de e para Santa Maria, para transporte de mercadorias, “continuam a ser um drama”, numa altura em que se “fala de barcos elétricos” para a região.

O líder do Chega/Açores vincou que “Santa Maria tem vivido nos últimos tempos” de “promessas e mais promessas”, que “não se concretizam ou então simplesmente são falácias” e apontou ainda para a situação de “degradação” das estradas regionais.

“As pessoas daqui têm que viver com dignidade, têm que ter aqui dinâmica de economia e, das várias denuncias que fizemos, não temos visto grandes soluções”, por parte do Governo Regional.

Quanto à sondagem da Aximage para o jornal Açoriano Oriental e para a Rádio Açores/TSF, publicada hoje, sobre as eleições regionais, José Pacheco disse que “as sondagens valem o que valem” e que nunca se “orientou por amostras que atualmente até são irrealistas”.

“Somos nove ilhas e acredito que o Chega vai ter para cima de dois dígitos. Se calhar era melhor não se fazer sondagens para depois não estarmos a rir de números muito irrealistas”, afirmou, referindo-se à margem de indecisos.

Segundo a sondagem da Aximage – Comunicação e Imagem para a Açormédia, a coligação PSD/CDS-PP/PPM recolhe 36,6% das preferências dos inquiridos, o PS 33,5%, o Chega 6,3%, o Bloco de Esquerda (BE) 1,9% e a mesma percentagem de inquiridos dizem votar no PAN (1,9%).

Quanto à Iniciativa Liberal (IL) tem na sondagem 1,4% das intenções de voto e a CDU reúne 1,3%.

Ainda de acordo com a sondagem, 13,3% dos inquiridos estão indecisos em quem votar nas eleições de 04 de fevereiro.

A amostra abrangeu 411 pessoas maiores de 18 anos residentes da Região Autónoma dos Açores.

Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais: PSD/CDS-PP/PPM, ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.

 

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