O Presidente José Manuel afirmou sexta-feira que está empenhado em fazer “uma campanha positiva e de afirmação”, lamentando o “bota-abaixo” do PS, que prefere apenas “criticar e falar mal”.
“A campanha negativa [do PS] é tão intensa que a Juventude Socialista colocou um cartaz com a minha imagem, de Artur Lima e Paulo Estevão para criticar e falar mal. Em vez de um cartaz para se afirmar como alternativa de governo, [o PS apresenta] um cartaz para falar mal de um adversário. É bota-abaixo. Nós queremos puxar os Açores para cima”, afirmou o líder da Coligação PSD/CDS/PPM.
José Manuel Bolieiro, que falava na Vila das Velas, durante a apresentação da lista de candidatos pelo círculo eleitoral de São Jorge, considerou “lamentável” que o Partido Socialista esteja a fazer uma campanha eleitoral focada em “falar mal de tudo e de todos”.
Na ocasião, o candidato a Presidente do Governo dos Açores destacou a “governação ponderada” levada a cabo pela Coligação PSD/CDS/PPM nos últimos três anos, em contraste com a “demagogia” do Partido Socialista, que “liderou o processo para chumbar o melhor Orçamento de sempre, criando a instabilidade”.
“[Para o PS] tudo estava mal, mesmo o que estava bem, e agora os socialistas prometem continuar a fazer o que temos feito, depois de terem sido eles a chumbar o Orçamento para 2024”, frisou.
Bolieiro saudou todos os candidatos da Coligação pela ilha de São Jorge, justificando “o compromisso assumido, desde a primeira hora, com o líder do CDS-PP, Artur Lima, e o líder do PPM, Paulo Estevão, para, acima dos interesses dos nossos partidos, governar a Região e zelar pelos interesses dos Açores”.
E destacou “o bom trabalho efetuado pelos deputados Catarina Cabeceiras e Paulo Silveira na defesa da sua ilha, desde logo num prenúncio de continuarem a servi-la, unidos por São Jorge, como vamos todos continuar a servir a Região, unidos pelos Açores”.
“Porque nós olhamos a quem servimos”, frisou o candidato a presidente do Executivo açoriano, assumindo que “este modelo de governação social-democrata cristão e ecológico, tem lastro e tem uma base doutrinária que nos indica um melhor caminho”.
Segundo o líder da Coligação PSD/CDS/PPM, “foi isso que aconteceu em cerca de dois anos e meio, interrompidos pelo ciúme dos bons resultados da nossa governação. E isso deve ser considerado no julgamento que os açorianos vão fazer, a 4 de fevereiro”.
Para José Manuel Bolieiro “é também o futuro de São Jorge que está em causa”, referindo-se a uma ilha “que estava abandonada e que é agora uma ilha de futuro. E sei bem o que era o estado da de São Jorge à nossa chegada ao governo, e como está hoje”.
“Há acessibilidades a dobrar, face a essa altura”, disse o presidente do PSD/Açores, lembrando que “a ‘Tarifa Açores’ transportou mais de 740 mil pessoas, mais do triplo da população do arquipélago”, assim como lembrou “a pernoita de um navio em São Jorge e a criação da Linha Laranja, opções cujo bom resultado se prova com o desenvolvimento do Turismo”.
Bolieiro recordou o que se passou “durante a crise sismo-vulcânica na ilha de São Jorge, em que apostámos na serenidade e na solidariedade, e em que, felizmente, tudo aconteceu com normalidade. Também aí, a demagogia socialista contrastou com uma governação ponderada”, afirmou.
Sublinhando a sua crença no desenvolvimento da ilha, “porque os jorgenses são confiantes, gostam de si e mexem-se”, Bolieiro garantiu “a continuidade da aposta na qualidade dos produtos locais, com orgulho na marca e na identidade que representam para os Açores, desde logo o fabrico do Queijo de São Jorge e a indústria conserveira”, destacando “o lançamento de uma solução para a Fábrica de Santa Catarina, que passou de uma proposta a uma realidade, e que foi uma vitória nossa”.
“Não está tudo feito, mas está tudo muito melhor do que quando começámos a governar, face ao que herdamos dos governos socialistas. [Do PS] ainda não vi uma proposta ou uma afirmação de alternativa”, sublinhou.
Artur Lima, presidente do CDS-PP/Açores, recordou que os piores e mais graves indicadores sociais da Região “aconteceram durante os governos do PS”, realçando que, em todos os comícios do PS, “Vasco Cordeiro insiste em falar sobre pobreza”, esquecendo que “demoraram 20 anos para avançar com um plano contra a pobreza.
“Fomos nós a colocar em ação um verdadeiro plano de combate à pobreza, apenas 12 meses depois de estarmos no Governo”, recordou.
E lembrou que o valor da taxa de risco de pobreza era “de 21,6% em 2022”, enquanto que, “sob o consulado de Vasco Cordeiro, foi, em 2014, de 27,3%, em 2017, de 31,6%, e em 2018 atingiu 31,8%, o maior de sempre”.
O líder regional do CDS-PP assumiu a intenção “de reduzir fortemente a pobreza nos Açores até ao final de 2028”.
Artur Lima sublinhou que “a estratégia do PS nunca contemplou o aumento do rendimento das famílias”, pois passou apenas “por medidas de carácter geral”, e Vasco Cordeiro “foi contra a medida das creches gratuitas, criada pelo Governo da Coligação, que chegou a 4 mil crianças da região”.
“Vasco Cordeiro também foi contra o programa ‘Nascer Mais’” e, ao votar contra o Orçamento para 2024, impediu também a “atribuição de bolsas de estudo, que beneficiam, nomeadamente, os estudantes jorgenses, coisa que não acontecia com os governos do PS, que nem uma bolsa de estudo atribuíam”.
Artur Lima versou ainda o despovoamento de São Jorge, “que não surgiu nos últimos três anos, porque entre 2011 e 2021, a ilha perdeu 800 habitantes, ou seja 8,6% da sua população”.
“Durante os governos de Vasco Cordeiro, os Açores perderam 10 mil habitantes”, assinalou.
O presidente do CDS-PP/Açores acrescentou que o Governo da Coligação está a combater o despovoamento com “medidas eficazes, mais emprego e com a proposta que temos de redução da idade da reforma em três anos para os açorianos”.
A cabeça-de-lista da Coligação PSD/CDS/PP por São Jorge, Catarina Cabeceiras, deixou a garantia de “continuar a fazer tudo que esteja ao nosso alcance para defender os jorgenses”, tendo apelado “à confiança no projeto liderado por José Manuel Bolieiro, para consolidar as políticas implementadas e prosseguir com os investimentos em curso”.
A candidata disse que “os resultados estão à vista”, realçando as acessibilidades para São Jorge, “que teve uma evolução extraordinária nos transportes aéreos, com mais de 28 ligações semanais no verão, e no inverno mais uma ligação à Terceira e duas a São Miguel”.
Assim como sucedeu nos transportes marítimos, “com o barco sedeado nas Velas e a implementação da Linha Laranja, uma reivindicação antiga, sempre chumbada pelo Partido Socialista, e só implementada porque existiu esta mudança governativa”.
A lista da Coligação PSD/CDS/PPM por São Jorge é encabeçada por Catarina Cabeceiras (engenheira agrícola, 43 anos), seguindo-se Paulo Silveira (fiscal municipal, 56 anos), Paula Borges (engenheira civil, 38 anos), Luís Silveira (gestor de mercado, 47 anos), Jorge Paiva (assistente operacional, 39 anos), Luísa Matos (professora, 43 anos), Ana Brasil (cabeleireira, 24 anos), Ricardo Paiva (trabalhador independente, 24 anos), Susete Nunes (assistente técnica, 40 anos), António Ávila (pedreiro, 57 anos) e André Silveira (gestor de empresas, 29 anos). O mandatário da candidatura é Roger Sousa.