O PCP/Açores considerou hoje que o Governo Regional PSD/CDS-PP/PPM não dá a “atenção necessária” e resposta ao aumento da habitação, combustíveis e custo de vida generalizado.

Na sequência da realização de contactos e de uma reunião com a organização da ilha Terceira do partido, o líder do PCP/Açores, Marco Varela, refere que “já há muito tempo se vem dizendo que a atual conjuntura necessita de medidas concretas para dar resposta ao aumento dos preços da habitação, dos combustíveis, do custo de vida de forma generalizada”.

“Estes problemas não colhem atenção necessária por parte do Governo Regional do PSD/CDS-PP e PPM, que se dedica apenas a tentar minorar problemas de curto prazo, tomando medidas avulsas”, afirma o dirigente comunista, citado em nota de imprensa do partido.

De acordo com Marco Varela, “mais frequentemente, prometeu o Governo Regional investimentos apenas para tentar silenciar descontentamentos ou obter ganhos políticos imediatos, sem enfrentar as questões de fundo, criando grandes obstáculos ao desenvolvimento da ilha Terceira”.

O líder comunista açoriano considera que se assiste “ao acentuar progressivo e imparável dos problemas da ilha Terceira”, como lhes foi transmitido nos diversos contactos com a população no concelho de Angra do Heroísmo, bem como no plenário de militantes do PCP e ativistas da CDU.

O dirigente político afirma que os problemas, as dificuldades e a falta de resposta por parte do Governo Regional “que os terceirenses enfrentam no dia-a-dia são transversais a toda a região” e prendem-se essencialmente com a habitação, “onde os problemas são muitos e as medidas escassas”.

“É preciso aumentar o parque habitacional com rendas a custo controlado, bem como agir para que exista a possibilidade de aquisição de habitação a preços razoáveis e não especulativos, sendo esta, naturalmente, um tipo de medida que deve ser coordenada com as autarquias locais”, defende o PCP/Açores.

Marco Varela considerou ainda que, na agricultura, “é urgente travar o jogo do sobe e desce [no preço do leite], pois já ninguém aguenta toda esta instabilidade”, bem como “travar o constante aumento dos fatores de produção, nomeadamente dos combustíveis”.

O dirigente comunista defendeu também uma valorização dos salários, que considerou ser “fundamental para a dinamização da economia interna e para o seu desenvolvimento”.

 

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