• Até já, Laranjeiras!

Por motivos de ordem pessoal não consegui, mais uma vez, estar presente na última assembleia geral do Clube Desportivo Santa Clara. No entanto, não posso deixar de me associar à onda de indignação ao tratamento dado ao Santa Clara. A questão até nem é só na inacreditável rábula dos sub23, mas é esse tema que merece o meu veemente protesto. É hora de dizermos basta! O Santa Clara merece respeito! O Santa Clara, goste-se mais ou menos, é o símbolo maior do desporto açoriano. Esta dimensão do Santa Clara, infelizmente reconhecida mais lá fora do que cá dentro, não é compatível com o amadorismo (ou será mesmo má fé?) dos diferentes níveis de poder. O problema, sublinho, não está em jogar no estádio João Paulo II. O problema está mesmo é na falta de conhecimento, visão, respeito e de palavra. O Governo, na pessoa do Diretor Regional do Desporto, qual inepto ponta de lança, não tem mostrado nível para este campeonato. É poucochinho! A inversão do rumo tem de ser assumida por outro protagonista. A história do Santa Clara assim o exige!

  • Abstenção?

A Lei do Mar, na sua mais recente versão, foi há um par de dias votada e aprovada na Assembleia da República com o voto a favor do PS; abstenção do Chega, PCP, Livre e de 7 Deputados do PS; e o voto contra do PSD, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda e PAN.E os Deputados dos Açores, como votaram? Os do PSD votaram alinhados com o grupo parlamentar (contra) e os do PS divergiram para… a abstenção. Convém recordar que a Assembleia Legislativa Regional (e também o Governo dos Açores) havia dado, por unanimidade, parecer desfavorável a esta proposta de lei. Unanimidade que, para os mais distraídos, incluiu o PS de cá. Os Deputados do PS de cá, em sede de justificação do parecer negativo, referiram, entre outras coisas, a extemporaneidade desta iniciativa face ao processo de revisão constitucional em curso, o qual tem a salvaguarda da gestão partilhada como uma das pedras basilares da Região. O parecer dos deputados do PS de cá não foi, garantidamente, dado à revelia da liderança da bancada. Os Deputados do PS na Assembleia da República eleitos por cá, bem como os demais, sabiam dessa posição. Mas a verdade é que não votaram contra. Nem seguiram a linha da bancada. Optaram por uma “terceira via”. Porquê? Gostava de saber. Até para dissipar o que vai crescendo por aí… Como não sei a razão para tão simbólica dissonância resta-me, à boleia de uma famosa declaração do camarada António Costa, dizer que esta abstenção é poucochinho. Muito poucochinho. E, como é óbvio, tornará por cá o mar alteroso numa altura em que devia estar “mar chão”!

 

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