O Serviço de Saúde da Madeira recebeu hoje um recém-nascido transportado de urgência dos Açores por precisar de tratamento com hipotermia induzida, elevando para seis os bebés com necessidade de cuidados diferenciados assistidos na região, revelou organismo.

Segundo a informação, a criança, com 40 semanas, foi transportada na passada madrugada da ilha de São Miguel pela Força Aérea para o Serviço de Medicina Intensiva Neonatal e Pediátrica do Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram).

“Este recém-nascido necessitava de tratamento diferenciado com hipotermia induzida”, lê-se no documento.

O Sesaram realça “a indisponibilidade por parte das unidades do país, preparadas para receber este tipo de casos”, tendo a Madeira recebido o recém-nascido “proveniente dos Açores para assegurar uma resposta imediata dada a gravidade da situação”.

“Refira-se que este é um serviço de referenciação para hipotermia induzida, dispondo de equipamentos e de recursos humanos para dar resposta a este tipo de situação, e é uma das apenas cinco unidades existentes no país”, salienta o Sesaram.

O Serviço de Medicina Intensiva Neonatal e Pediátrica da Região Autónoma da Madeira “já recebeu seis bebés dos Açores para prestar cuidados diferenciados”.

“Todos os bebés já tiveram alta, com sucesso, sendo que o quinto bebé transferido para esta unidade da Madeira teve alta no início deste mês”, acrecsenta.

Este tipo de colaboração com os Açores começou em outubro de 2022, altura em que foi assistida “uma grávida de gémeos, com 25 semanas de gestação, com ameaça de parto prematuro”.

A hipotermia induzida, segundo a página da internet da Sociedade Portuguesa de Pediatria, consiste no arrefecimento controlado da temperatura corporal a 33,5ºC durante 72 horas

“Na sequência do ataque informático de que o Sesaram foi vítima, e mesmo em situação de exceção, este é mais um exemplo de que a resposta aos cuidados de saúde nunca esteve em causa” e existe capacidade de resposta para todos os utentes, incluindo os provenientes de outras regiões do país, aponta.

Em 06 de agosto, o Sesaram foi alvo de um ciberataque que provocou uma “disfunção na sua rede informática”.

A situação ainda não está totalmente ultrapassada e o ataque informático está a ser investigado pelas entidades competentes.

O Sesaram tem insistido no apelo “para que os utentes que se desloquem às unidades de saúde, por diferentes motivos, se façam acompanhar de toda a informação clínica de que disponham”, como relatórios de exames, análises clínicas, medicação ou notas de alta.

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