O PSD/Açores considerou hoje que as criticas dos deputados do PS sobre a atividade assistencial na Terceira visam “confundir os utentes”, referindo que os cuidados de saúde prestados naquela ilha cresceram e foram contratados “mais 50 profissionais”.

Na segunda-feira, o PS/Açores alertou para constrangimentos na atividade assistencial da Unidade de Saúde da Ilha Terceira (USIT), alegando que há falta de médicos e assistentes técnicos e de meios financeiros para assegurar cuidados de proximidade.

Hoje, em comunicado de imprensa, o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD/Açores, Paulo Gomes, considerou que o crescimento da atividade assistencial nos cuidados de saúde prestados na Terceira, e “a contratação de mais 50 profissionais” para o setor, “desmentem cabalmente mais um leque de acusações feitas pelos deputados do PS, com a intenção clara de confundir os utentes”.

O social-democrata lembra que, desde novembro de 2020, “só na Unidade de Saúde da ilha Terceira, houve um reforço de cerca de 50 profissionais de saúde, entre os quais 17 médicos de Medicina Geral e Familiar – 10 deles internos -, 22 enfermeiros e contratações na área das Ciências Farmacêuticas, Nutrição, Psicologia, Radiologia e Terapia da Fala”.

“Entraram para a USIT seis técnicos superiores, 20 assistentes técnicos e três assistentes operacionais”, assinalou.

Paulo Gomes, citado no mesmo comunicado, refere que o trabalho daquela unidade de saúde, “tem sido notável, com uma abordagem proativa, que visa prestar a melhor atividade assistencial aos utentes locais, tanto que a taxa de cobertura de médicos de família é hoje superior à taxa de cobertura registada na anterior legislatura”.

“Foi igualmente criada a figura da Consulta Aberta, no Centro de Saúde da Praia da Vitória, para dar resposta aos utentes que ainda não têm médico de família afeto”, refere o deputado do PSD.

Citando dados de abril, o parlamentar sublinha que “apesar dos condicionalismos existentes para a atração de mais médicos, 89,5% desses utentes têm médico de família”.

O deputado salienta ainda que “o investimento previsto para a Saúde nos Açores em 2023 é um dos maiores de sempre, refletido em 375 milhões de euros de verba inscrita”, mas o documento “foi aprovado com o voto contra do Partido Socialista”.

No entender de Paulo Gomes, “não deixa de ser caricato” que o deputado do PS, e anterior diretor regional da Saúde, “fale de falta de planeamento na gestão dos recursos para a Saúde, quando foi o próprio PS a abandonar os profissionais de saúde, não assumindo como prioridade a valorização remuneratória das suas carreiras”.

O parlamentar critica a ação governativa do anterior Governo Regional do PS, porque “não apostou no incentivo à fixação de recursos e nem sequer privilegiou a manutenção do edificado do Serviço Regional de Saúde”, dando exemplos de “completo desleixo, comuns às nove ilhas da Região”.

“É o caso do Centro de Saúde da Praia da Vitória, em que o ar condicionado não funciona, há problemas na rede elétrica e na rede informática, e até o parque automóvel está num estado de conservação preocupante. São situações resultantes de anos de desleixo que é o atual Governo que está a resolver”, acusou.

PUB