Joaquim Machado, Deputado do PSD/Açores ALRAA
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A história tem por cenário a ilha Graciosa e começa num objeto aparentemente mundano – uma velha banheira, outrora, talvez esquecida no canto de um quintal, castigada pelo tempo e pelas memórias que carregava.

Mas para alguém dotado de imaginação fértil e habilidade incomum, a banheira estava longe de ser um caso perdido. Transformá-la num grelhador gigante foi uma questão de engenho, de levar a capacidade humana a ver além do óbvio. E o metal resistente da banheira, antes suporte de água e de momentos de relaxamento, sustenta agora uma grelha improvisada, com espaço para 32 metades de frango, pronta para servir de palco a churrascos memoráveis.

Sem recurso a projeto, e menos ainda a teorias debitadas em cursos universitários, a transformação da banheira em grelhador é mais do que um simples truque prático, é um ato de resistência contra o desperdício, uma ode à economia circular e à valorização de recursos que, de outra forma, seriam ignorados. É a celebração da criatividade, que nos leva a descobrir potencial onde outros veem apenas a inutilidade e o descartável.

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Numa tarde qualquer, entre faíscas de solda e fumaça de carvão, com genuíno simbolismo, aquela banheira é um verdadeiro impulso para reutilizar, recriar e reinventar, e jamais nos deixa indiferentes.

Na Graciosa, à beira da estrada, quase confundida com a paisagem e a própria história, a velha banheira combina engenho e utilidade. E dá lições para a vida. Mais do que um grelhador gigante, ergue-se ali um monumento à inventividade humana, que insiste em transformar o banal em extraordinário.

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