O Plano e Orçamento para 2025 da Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação integra, adianta António Ventura, uma ação dedicada ao controlo de aves que se alimentam de uvas, utilizando-se para tal outras aves que as afugentam.

“Trata-se do controlo biológico da avifauna, nas vinhas, através do recurso a técnicas de falcoaria”, sustenta o governante.

A falcoaria é utilizada na proteção da cultura da vinha no continente português, onde existem empresas com profissionais especializados, que prestam este serviço através de um trabalho diário, no qual aplicam uma técnica 100% natural que consiste na utilização de aves de presa adestradas, como protetoras das vinhas, considerando que durante os seus voos controlados afastam outras aves, potencialmente prejudiciais às vinhas.

É uma técnica em que se utiliza a natureza, assente no afugentamento das pragas e com um índice de captura muito baixo.

“O estabelecimento de um plano de ação desta natureza, obrigará ao recurso a empresas do ramo, por forma a ajustar estas técnicas às especificidades da vinha. Existem diferentes espécies de aves de presa, que são utilizadas em função da atividade a que se destina. Este é um projeto-piloto que visa perceber a exequibilidade da aplicação desta técnica nas vinhas”, sustenta o governante.

Para além, disso o projeto-piloto pretende estudar a possibilidade da criação em cativeiro de milhafres, para posterior libertação na natureza.

“Esta é mais uma forma de controlo de pragas que prejudicam o rendimento do vitivinicultor e põe em perigo a sustentabilidade da vinha nos Açores. A vinha nos Açores ainda apresenta um potencial de crescimento considerável, contribuindo para a criação de riqueza regional e permitindo a fixação de pessoas”, concretiza o governante com a tutela da Agricultura.

António Ventura visitou hoje, em Angra do Heroísmo, o projeto de investigação das videiras tradicionais dos Açores, no Centro de Biotecnologia da Universidade dos Açores.

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