O PS/Açores vai chamar ao parlamento regional a secretária da Saúde para prestar esclarecimentos sobre a calendarização da retoma da atividade do Hospital de Ponta Delgada, afetado por um incêndio no sábado, foi hoje anunciado.
Os deputados do PS/Açores querem ouvir, em sede de Comissão de Assuntos Sociais do parlamento dos Açores, a secretária regional da Saúde e Solidariedade Social, Mónica Seidi, para que possa prestar “esclarecimentos sobre o plano de trabalhos de normalização da prestação de cuidados de saúde na região e calendarização da retoma da atividade do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES)”, lê-se numa nota de imprensa.
Por outro lado, o grupo parlamentar do PS/Açores informa que já solicitou reuniões com as administrações hospitalares dos hospitais de Ponta Delgada (ilha de São Miguel), Angra do Heroísmo (Terceira) e Horta (Faial).
Uma dessas primeiras reuniões deverá ocorrer “já na próxima quinta-feira” com a administração do Hospital de Ponta Delgada, de acordo com o PS/Açores.
O PS/Açores justifica que são necessárias “mais informações sobre a acessibilidade dos açorianos aos cuidados de saúde, em particular sobre a reorganização do Serviço Regional de Saúde face à prevista demora na recuperação do funcionamento pleno do HDES, a maior unidade hospitalar da região”.
Os socialistas defendem “maior transparência, coordenação e rapidez” das entidades envolvidas para “esclarecer o que está a ser feito” para ultrapassar a situação, decorrente do incêndio que afetou no sábado a maior unidade de saúde açoriana.
A situação em causa “preocupa de sobremaneira todos os açorianos, uma vez que o HDES serve toda a região”, aponta o PS.
O grupo parlamentar do PS/Açores pretende também reunir-se com as administrações dos centros de saúde e com outras entidades que estão envolvidas no processo de recuperação do HDES, bem como as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS’s) que, segundo sublinham, “estão a prestar um importante papel no acolhimento de doentes”.
O incêndio no hospital de Ponta Delgada, que deflagrou pelas 09:40 locais de sábado (10:40 em Lisboa) e só foi declarado extinto às 16:11, obrigou à transferência de 240 doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.
O Governo dos Açores declarou no domingo a situação de calamidade pública para “acelerar procedimentos” que permitam normalizar num “curto espaço de tempo” a atividade da maior unidade de saúde açoriana.
A direção clínica anunciou na quarta-feira que o hospital vai ser reativado lentamente, prevendo-se que as unidades de oncologia e hemodiálise retomem a atividade de forma faseada na próxima semana.
Não foi ainda divulgada uma contabilização dos estragos do fogo.