A IL/Açores pediu hoje ao Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) relatórios sobre a avaliação realizada ao processo de implementação dos manuais digitais escolares na no arquipélago, alegando que continuam a existir “relatos sobre dificuldades” neste processo “em algumas escolas”.
Numa nota de imprensa, o partido indica que o deputado único da IL no parlamento açoriano, Nuno Barata, entregou um requerimento na Assembleia Legislativa Regional onde solicita “cópia de todos os relatórios de avaliação” no âmbito do Projeto dos Manuais Digitais.
Nuno Barata solicita também ao Governo açoriano o relatório de avaliação efetuado na experiência piloto que decorreu numa turma do 5.º ano e numa turma do 8.º ano, em 2021, assim como um ponto de situação e cronograma de implementação do projeto, discriminado por unidade orgânica e escola da região.
O deputado da IL/Açores pede ainda uma cópia dos Relatórios de Avaliação de Impacto de Dependência Tecnológica, em crianças e adolescentes em idade escolar, efetuados pela tutela, justificando que, apesar “de a tecnologia ser a favor do progresso, o seu uso em excesso pode provocar um retrocesso intelectual, bem como dependência ao nível tecnológico”.
O parlamentar da IL/Açores pretende também saber se, do ponto de vista técnico, estão as escolas da região preparadas para o Projeto Manuais Digitais.
Tendo em conta que, em vários países, os manuais digitais já estão a ser substituídos por manuais em papel novamente, a IL pergunta se nos Açores “existirá a possibilidade de gratuitidade e a possibilidade de utilização de manuais físicos, por parte dos alunos, durante o período de aulas, mesmo tendo os manuais digitais”.
Quando terminar a desmaterialização dos manuais escolares, em 2026, “estarão contempladas todas as disciplinas em conteúdo digital, que são lecionadas nas escolas da região”, questiona Nuno Barata, alegando que “se desconhecem as várias avaliações” realizadas pela tutela, no decurso deste processo de implementação do projeto dos manuais escolares digitais.