O candidato do PS a presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, voltou a vencer na freguesia de onde é natural, Covoada, em Ponta Delgada, mas continuou a falhar a vitória no concelho nas eleições regionais deste domingo.

Com uma diferença de 17 votos em relação à coligação PSD/CDS/PPM, o PS venceu na freguesia de Covoada, no concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, arrecadando 212 votos (38,55%) contra 195 (35,45%), seguindo-se o Chega, com 95 votos (17,27%), segundo informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

Nas eleições de 2020, o PS também ganhou na freguesia de onde é natural o socialista Vasco Cordeiro, com 258 votos (48,41%), seguindo-se o PSD, com 161 votos (30,21%), e o Chega, com 38 votos (7,13%).

À semelhança das eleições de 2020, a candidatura encabeçada por Vasco Cordeiro continua a ser a segunda escolha da maioria dos eleitores no concelho de Ponta Delgada, ainda que este domingo tenha registado mais 487 votos do que no anterior ato eleitoral, mas com uma percentagem inferior devido ao aumento do número de votantes, que cresceu de 27.155 para 30.818, superior ao registo de mais 268 cidadãos inscritos para votar neste círculo eleitoral (de 65.031 para 65.299 inscritos).

Nestas eleições, o PS conseguiu no município 10.248 votos (33,25%), enquanto a coligação PSD/CDS/PPM obteve 12.419 votos (40,30%), seguindo-se o Chega, com 3.510 votos (11,39%), e o BE, com 1.039 votos (3,37%).

Em 2020, o PSD venceu no concelho com 10.114 votos (37,25%), seguindo-se o PS, com 9.761 votos (35,95%), o BE, com 1.427 votos (5,26%), e o Chega, com 1.390 votos (5,12%), de acordo com os dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

O socialista Vasco Cordeiro, deputado e anterior presidente do Governo Regional, apresentou-se na corrida a este ato eleitoral “por causa do futuro dos Açores”, com o objetivo de “vencer as eleições e ter condições para recuperar” a região da “degradação de um conjunto de indicadores”.

Vasco Ilídio Alves Cordeiro, com 50 anos (nasceu em 28 de março de 1973) reside no concelho de Ponta Delgada. Licenciado em Direito, é advogado e, desde 1994, militante do PS.

Líder da estrutura regional do partido, presidiu ao Governo dos Açores entre 2012 e 2020, depois de ter sido secretário regional da Agricultura e Pescas, da Presidência e da Economia. Desempenhou ainda funções autárquicas no concelho de Ponta Delgada.

Em 2020, o PS venceu as eleições regionais dos Açores, com 40,65% e 25 mandatos no parlamento regional, mas perdeu a maioria absoluta, surgindo a coligação pós-eleitoral de direita.

A coligação PSD/CDS-PP/PPM, que governa atualmente, ficou então suportada por uma maioria de 29 deputados, após PSD (35,05%, 21 mandatos), CDS-PP (5,73%, três deputados) e PPM (2,41%, um mandato, a que se soma o deputado eleito em coligação com o CDS-PP no Corvo) assinarem acordos de incidência parlamentar com o Chega (5,26%, dois mandatos) e a IL (2,01%, um mandato), partido que o rompeu o acordo em 2023.

Na sequência de desentendimentos nas alianças, o Presidente da República decidiu dissolver o parlamento açoriano e marcar eleições antecipadas após o chumbo do Orçamento para este ano.

A coligação PSD/CDS/PPM venceu este domingo as eleições legislativas açorianas, mas ficou a três deputados da maioria absoluta, num sufrágio que deixou o parlamento regional com as mesmas oito forças políticas: PSD, CDS-PP, PPM, Chega, Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal e PAN.

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